(ANSA) - O papa Francisco cobrou nesta quinta-feira (25) solidariedade com vítimas da "injustiça climática" e pediu o fim da "guerra sem sentido contra a criação".
As declarações foram dadas em uma mensagem do líder católico para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado com a Criação, celebrado em 1º de setembro, na esteira das inundações que mataram 15 pessoas na região italiana da Emilia-Romagna.
"Ouçamos o apelo a permanecer ao lado das vítimas da injustiça ambiental e climática, pondo fim a esta guerra insensata contra a criação", disse o Papa na mensagem.
Segundo o pontífice, o "consumismo voraz, alimentado por corações egoístas", está perturbando "o ciclo da água do planeta", enquanto o "uso desenfreado de combustíveis fósseis e a destruição das florestas" provocam o aumento das temperaturas e "secas graves".
"Terríveis carências hídricas afligem cada vez mais as nossas casas, desde as pequenas comunidades rurais até as grandes cidades", ressaltou.
Francisco também pediu uma mudança de "estilos de vida" e que a humanidade se arrependa de seus "pecados ecológicos", que "prejudicam o mundo natural e nossos irmãos e irmãs".
"Adotemos estilos de vida com menor desperdício e menos consumos inúteis, sobretudo onde os processos de produção são tóxicos e insustentáveis. Procuremos estar o mais atentos possível aos nossos hábitos e opções econômicas, para que todos possam estar melhor", disse.
O Papa ainda cobrou que os líderes que se reunirão na cúpula climática da ONU neste ano, a COP28, entre 30 de novembro e 12 de dezembro, em Dubai, "ouçam a ciência e comecem uma transição rápida e equitativa para acabar com a era dos combustíveis fósseis".
A defesa do meio ambiente é uma das bandeiras do pontificado de Francisco, que dedicou até uma encíclica a este tema, a "Louvado seja", algo inédito na história da Igreja Católica. (ANSA)
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