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Junho de 2024 foi o mais quente da história, diz órgão da UE

Trata-se do 13º mês seguido de recorde de calor no planeta

Redazione Ansa

O mês de junho de 2024 foi o br/brasil/flash/internacional/2024/05/08/abril-de-2024-foi-o-mais-quente-da-historia-diz-orgao-da-ue_fa6f77e7-d5bc-4ec1-bf53-85a33ab527a3.html" target="_blank" rel="noopener">mais quente para o período na história da humanidade, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (8) pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), sistema de observação da Terra da União Europeia.
    De acordo com relatório publicado pelo organismo, junho passado registrou uma temperatura média de 16,66ºC, 0,14ºC acima do recorde anterior, de 2023, e 0,67ºC maior que a média do período entre 1991 e 2020.
    Ainda segundo o C3S, trata-se do 13º mês consecutivo de recorde mensal de calor, reforçando as projeções daqueles que acreditam que 2024 deve superar 2023 como ano mais quente na história.
    Nos últimos 12 meses, a temperatura média global foi 1,64ºC acima da era pré-industrial, superando a marca de 1,5ºC, meta mais ambiciosa do Acordo de Paris para o fim deste século.
    "Isso é mais que uma estranheza estatística e evidencia uma mudança ampla e contínua em nosso clima", disse o diretor do Copernicus, Carlo Buontempo. No entanto, são necessários pelo menos 20 anos acima desse patamar para sacramentar que o objetivo foi descumprido.
    Ainda assim, se essa tendência se mantiver, a humanidade deve conviver nas próximas décadas com aumento constante do nível do mar, ondas de calor mais frequentes e um crescente número de fenômenos extremos, incluindo furacões, secas e inundações, como aquelas que atingiram o Rio Grande do Sul.
    O aquecimento global é causado pelas emissões de gases do efeito estufa, como dióxido de carbono (CO2) e metano, que continuam aumentando, apesar dos alertas de cientistas de que elas precisam iniciar imediatamente uma trajetória de queda para garantir o cumprimento da meta de 1,5ºC até o fim do século. (ANSA)

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