Técnicas de rejuvenescimento do ovário podem aumentar as chances de mulheres com falência ovariana prematura engravidarem com seus próprios óvulos.
É o que diz um estudo apresentado no 40º congresso da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (Eshre) pelo grupo de medicina reprodutiva IVI.
A pesquisa se baseia na evolução da técnica Ascot, uma das mais usadas para rejuvenescer os ovários, por meio da implantação de células-tronco na artéria ovárica.
As proteínas dissolvidas no citoplasma dos oócitos são fundamentais para a plena eficácia da função reprodutiva - as mulheres com falência ovariana apresentam alterações em dezenas delas -, e a técnica Ascot de quatro etapas apresentada pelo IVI no congresso produziu mudanças substanciais nesse proteoma (conjunto de proteínas), levando-o para uma composição semelhante à observada em mulheres dentro do padrão.
O resultado evidencia como ainda há campo para melhora por meio desse procedimento: de acordo com o IVI, 7% das pacientes submetidas ao rejuvenescimento de ovário conseguiram engravidar naturalmente após recuperar a função ovárica.
"A decisão de buscar uma gravidez com óvulos de doadores nunca é um passo fácil para os casais, por isso as alternativas terapêuticas que visam restaurar a função ovariana estão se tornando cada vez mais difundidas", disse Antonio Pellicer, professor de obstetrícia e ginecologia da Universidade de Valência e fundador do IVI.
"Os estudos em torno do rejuvenescimento ovariano representam uma linha de pesquisa muito encorajadora na qual continuaremos trabalhando"", acrescentou. (ANSA)
Estudo aumenta esperança de mulheres com falência ovariana
Condição dificulta a gravidez a partir de óvulos próprios