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Café histórico de Nápoles vai recuperar antigo esplendor

O Gambrinus chegou a ser fechado pelo regime fascista

O Gambrinus é o café mais famoso de Nápoles, no sul da Itália

Redazione Ansa

(ANSA) - Um histórico café literário de Nápoles frequentado por Oscar Wilde, Jean-Paul Sartre e Gabriele D'Annunzio vai retornar a seu antigo esplendor a partir do segundo trimestre.

Em cerimônia na última terça-feira (2), o prefeito da capital da Campânia, Gaetano Manfredi, restituiu ao Gran Caffè Gambrinus dois imóveis que faziam parte de sua estrutura original.

"É um momento histórico porque se recompõe a estrutura original do Gambrinus, restituindo dois ambientes que completam esse local tão importante para a cidade, ainda mais neste momento de renascimento turístico e cultural de Nápoles", afirmou Manfredi.

Fundado em 1860, o Gambrinus prosperou até 1938, quando o então prefeito Giovanni Battista Marziali ordenou seu fechamento por considerá-lo "antifascista".

No pós-guerra, algumas salas do antigo café foram cedidas ao Banco de Nápoles, mas, a partir dos anos 1950, o estabelecimento iniciou uma progressiva recuperação que o levou à sua configuração atual. "Vamos revê-lo como antes, assim como foi reproduzido no filme 'Carrossel Napolitano' [1954], com Sophia Loren", disse o proprietário Antonio Sergio.

Ao longo de sua história, o Caffè Gambrinus teve clientes ilustres, como o filósofo francês Jean-Paul Sartre, o escritor irlandês Oscar Wilde e o poeta e herói de guerra italiano Gabriele D'Annunzio.

Além disso, se tornou parada quase obrigatória para presidentes da República e primeiros-ministros em suas visitas a Nápoles. (ANSA)

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