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Como 'Argentina, 1985', veja filmes para não esquecer a ditadura

Filme de Mitre está disponível em streaming no Brasil

Ricardo Carbonero recebe Prêmio Forque por 'Argentina, 1985'

Redazione Ansa

(ANSA) - Por Leonardo Cioni - Condenar os crimes contra a humanidade do regime militar e favorecer a continuidade das democracias. É o "leitmotiv" de "Argentina, 1985" (2022), o filme de Santiago Mitre, que está disponível em streaming no Brasil, que propõe novamente uma reflexão em 360 graus sobre a ditadura argentina (1976-1983) nos 40 anos da democracia no país sul-americano.

A película, vencedora do Globo de Ouro e candidata ao Oscar entre os filmes internacionais, é uma das produções cinematográficas que, por vários ângulos, desafiam o espectador a enfrentar aqueles anos tenebrosos com coragem e determinação.

Como fizeram os próprios protagonistas de "1985", os procuradores Julio Strassera e Luis Moreno Ocampo, que, só dois anos após o fim das atrocidades, investigaram e perseguiram os responsáveis, incluindo o ex-presidente Jorge Rafael Videla, deram voz às vítimas das torturas e aos familiares dos desaparecidos.

Um exemplo marcante do desejo de cobrança é oferecido também pelo "A Noite dos Lápis" (1986), de Héctor Olivera, que fala da necessidade para todos de não esquecer os crimes da época.

O caso de uma jovem ativista militante em uma organização clandestina que se opõe à ditadura está no centro do "Garage Olimpo" (1999), uma produção ítalo-argentina dirigida por Marco Bechis. Aqui é descrita com realismo a violência dos centros de detenção e tortura ilegais onde eram presos o opositores do regime.

Premiado no Festival de Veneza, "Tangos - O Exílio de Gardel" (1985) narra o caso de um grupo de artistas argentinos, exilados em Paris, na França, que decide organizar um espetáculo para combater a saudades de casa.

Particularmente tocante é "A História Oficial" (1985), dirigida por Luis Puenzo. O filme acompanha Alicia (Norma Aleandro), uma professora que busca descobrir quem é a mãe da filha adotada em 1983 durante os últimos meses da ditadura militar argentina.

Entre outras obras relevantes, que levaram à telona o drama argentino, estão também "Alianza para el progreso" (1971); "Apartamento Zero" (1988); "El Censor" (1995); "Buenos Aires Vice Versa" (1996); "O Jogo de Arcibel" (2003); "Memoria del Saqueo" (2004); e "Días de Mayo" (2008). (ANSA).
   

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