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Livro abre detalhes e desfaz mitos sobre os Arquivos do Vaticano

Jornalista Massimo Franco entrevistou prefeito do 'bunker'

Praça São Pedro na abertura do Sínodo em 2023

Redazione Ansa

(ANSA) - O Arquivo Apostólico do Vaticano (antes Arquivos Secretos do Vaticano, nome alterado em 2019 a pedido do papa Francisco), que abriga todos os documentos pertencentes à sede da Igreja Católica, é o tema de um novo livro-entrevista do jornalista Massimo Franco com o prefeito do depósito, monsenhor Sergio Pagano.

O texto com detalhes sobre o “bunker” de 86 quilômetros lineares, intitulado “Secretum”, começará a ser vendido nas livrarias italianas nesta terça-feira (19), publicado pela editora Solferino.

Entre os conteúdos das pastas e mais pastas que contêm histórias já publicadas e ainda secretas, o autor passará, por exemplo, do processo contra Galileu Galilei (acusado de heresia por sua tese do heliocentrismo) à documentação sobre os “silêncios” do papa Pio XII (a respeito do Holocausto).

A narrativa também vai da primeira TV a chegar ao Vaticano em 1949, a cartas de grandes personagens históricos, e também de cidadãos pobres que pediam ajuda ao Papa para comprar sapatos para os filhos.

O resultado do livro é um recorte dos anos mais difíceis de pontificado, mas também detalhes de assuntos cotidianos e mundanos do enclave na capital italiana.

Entre as pérolas do Arquivo está uma carta de Giacomo Leopardi, um dos maiores expoentes da poesia italiana, para reclamar de impostos cobrados. “Sim, era um pouco avarento. Não queria pagar as taxas. Curioso”, diz monsenhor Pagano, no livro.

O livro toca nos temas mais delicados do pontificado de Pio XII, como a carta do jesuíta Lothar Konig, que o informava sobre a existência dos campos de concentração nazista; mas também conta com histórias para arrancar o sorriso do leitor, como a amizade do mesmo papa Pacelli com pássaros pintassilgos, com quem gostava de almoçar.

Pagano também desmascara algumas lendas, como as que dizem que o Arquivo abriga pregos da Cruz de Cristo, ou até crânios de marcianos: “Brincadeiras catastróficas”.

 (ANSA).
   

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