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Brasileiro leva a Milão quadros sobre vida em comunidades no Rio

'Quero transmitir minhas vivências', disse o artista Jota

Redazione Ansa

(ANSA) - O artista brasileiro Johny Alexandre Gomes, mais conhecido como Jota, deixou o Complexo do Chapadão, no Rio de Janeiro, para conquistar a cidade de Milão, na Itália, com uma exposição inédita na Galleria Mimmo Scognamiglio.
    Aos 24 anos, o jovem pintor levou para a capital da Lombardia uma nova série de obras batizada de "Dream Under Construction" ("Sonho em Construção", em português), na qual o artista retrata a vida nas comunidades do Rio.
    "Quero transmitir minhas vivências dentro da comunidade, seja uma criança soltando pipa e jogando bola, uma pessoa tendo um dia ruim ou bom e até mesmo quando tem operação policial. Quero mostrar coisas que não são vistas tão facilmente dentro da comunidade, tanto o lado bom quanto o ruim", afirmou Jota em entrevista à ANSA.

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Um grupo de mulheres em frente a um dos quadros de Jota na Galleria Mimmo Scognamiglio

    Ao todo, 16 quadros produzidos pelo brasileiro permanecem expostos até o dia 22 de novembro na galeria de Milão. "Foi uma sensação de extrema felicidade poder levar minhas artes para fora do país, uma coisa que nunca imaginei que iria fazer nesse momento da minha carreira. Fico muito feliz de poder expor em um dos berços da arte e espero que tenha um impacto muito positivo", declarou.

    Jota, que já participou de mostras no Museu de Arte de São Paulo (Masp) e na Holanda, explicou que a "incrível" experiência na Itália, lugar com um ambiente "totalmente diferente", é mais um passo rumo ao objetivo de auxiliar outras pessoas de sua comunidade a seguir carreira na arte.
    "Quero ajudar também outras pessoas da mesma forma que fui auxiliado, como abrir uma organização para criar oportunidades para moradores que sentem interesse em trabalhar com a arte", contou.
    Após elogiar as comidas italianas e destacar a beleza arquitetônica de Milão, Jota disse que não deseja parar por aí. Sua meta agora é promover outras exposições no Brasil e no mundo para enfim alcançar a "estabilidade financeira" por meio da arte. (ANSA).
   

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