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Itália propõe agência para fiscalizar finanças de clubes

Ideia abriu uma guerra contra entidades esportivas do país

Projeto criou uma grande guerra do governo contra as entidades esportivas da Itália

Redazione Ansa

A proposta do governo italiano para criar uma agência de supervisão econômica e financeira para os times profissionais do país inaugurou uma batalha contra a Federação Italiana de Futebol (Figc) e o Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni).
    A agência governamental, que entraria em ação a partir do próximo ano para monitorar os orçamentos dos clubes das três primeiras divisões da Itália, poderá substituir a atual Covisoc, comissão de vigilância da Figc.
    "A proposta tem objetivo de fazer controles, que até agora eram apenas realizados internamente e externamente através de terceiros, com plena autonomia regulatória e poder de decisão. A federação terá o tempo necessário para estudar, aprofundar e avançar qualquer proposta", diz o documento assinado pelo ministro do Esporte, Andrea Abodi.
    O órgão, que daria aos políticos condições de decidir até mesmo as inscrições para campeonatos, entra em rota de colisão com as reformas desejadas pelo mandatário da Figc, Gabriele Gravina, e as da Lega Serie A, que reivindicam uma autonomia nos moldes da Premier League.
    Além de verificar a veracidade e a congruência dos documentos apresentados pelos clubes, a agência também teria poder de solicitar aos times "iniciativas corretivas" para neutralizar qualquer efeitos econômicos, financeiros e patrimoniais de operações.
    Gravina, que defende que a proposta do governo é uma invasão da autonomia do esporte pela política, convocou uma reunião de emergência para hoje (6), onde deverá discutir o projeto de criação da agência.
    "Nunca tinha ouvido falar do projeto de criação de uma agência de controle das finanças antes da sexta-feira passada.
    Meses atrás, o ministro apenas insinuou a sua ideia de rever os critérios de nomeação de membros do Covisoc, qualquer um que diga o contrário, está mentindo", comentou Gravina à ANSA.
    Giovanni Malagò, chefe do Coni, analisou que a medida poderá tornar a Itália em um constrangimento internacional em virtude da interferência política.
    "Tenho sérias dúvidas sobre se isso poderá ser aceito pelos órgãos esportivos internacionais. A autonomia do esporte foi 100% violada. Isso tudo foi mal gerido e o Coni não foi informado, o momento e os métodos estão errados", afirmou.
    (ANSA).
   

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