(ANSA) - O Conselho de Segurança nas Nações Unidas aprovou na última segunda-feira (2) o envio para o Haiti de uma "missão multinacional de apoio à segurança", liderada pelo Quênia, para garantir estabilidade no país caribenho.
A medida é anunciada um ano depois que a nação foi devastada pela violência criminal e o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo para a organização de uma intervenção humanitária.
O país africano irá mobilizar uma força militar de mil soldados, enquanto outras nações caribenhas, como Bahamas e Jamaica, se comprometeram a ajudar com outras presenças.
"A situação no Haiti exige, por uma questão de consideração humanitária, de responsabilidade moral e de justiça fundamental, que as ações sejam significativamente intensificadas para atender aos pedidos de ajuda de emergência, auxílio humanitário, apoio aos meios de subsistência e intervenções importantes para a saúde pública e proteção ambiental", declarou o presidente queniano, William Ruto.
Por sua vez, o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, celebrou a decisão de aprovar, com 13 votos e a abstenção da Rússia e da China, o estabelecimento de uma força internacional que ajudará seu país a derrotar os grupos criminosos que há anos aterrorizam o território.
A resolução, apresentada pelos Estados Unidos e pelo Equador, estabelece um mandato de um ano para esta nova força, enquanto uma avaliação do seu trabalho será realizada em nove meses após o início das operações em território haitiano.
Segundo o texto, a missão poderá, "para evitar a perda de vidas humanas", utilizar a força de forma "temporária e proporcional e numa base excepcional".
O Brasil desempenhou papel significativo ao longo das negociações sobre o mandato da missão e contribuiu ativamente para a aprovação da resolução.
Em nota, o Itamaraty, reforçou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva continuará a apoiar, em colaboração com os demais membros do Conselho de Segurança e a comunidade internacional, a estabilidade e o desenvolvimento do Haiti.
O governo brasileiro enfatizou ainda a importância de que a comunidade internacional intensifique seu apoio ao Haiti, de forma a fortalecer a promoção da segurança e do desenvolvimento do país.
Dados divulgados pelas Nações Unidas apontam que mais de 2,4 mil pessoas morreram em consequência da violência desde o início deste ano. (ANSA)
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