(ANSA) - A Knesset, o Parlamento de Israel,
aprovou nesta quinta-feira (12) a união do primeiro-ministro
Benjamin Netanyahu com a oposição para a formação de um governo
nacional de emergência e a criação de um gabinete de guerra.
A decisão é tomada em meio ao conflito com o grupo
fundamentalista islâmico Hamas, deflagrado no último dia 7 de
outubro e que já provocou a morte de mais de 2,7 mil pessoas em
Israel e Gaza.
Segundo o jornal Haaretz, os parlamentares deram aval às
nomeações dos membros do partido Unidade Nacional, Benny Gantz,
Gadi Eisenkot, Gideon Saar, Chilli Tropper e Yifat Shasha-Biton
como ministros sem pasta.
Durante a sessão, Netanyahu anunciou a ativação de algumas
cláusulas que lhe permitiriam "declarar guerra ou tomar medidas
militares significativas", delegando autoridade ao comitê
emergencial, que inclui o próprio premiê, o ministro da Defesa,
Yoav Gallant, e Gantz.
A aprovação é feita no sexto dia de guerra. De acordo com um dos
líderes do Hamas Ali Baraka, citado pelo Russia Today TV, o
grupo preparou a ofensiva contra Israel por dois anos, com
métodos ultrassecretos e com a data de início da operação
conhecida por poucos membros.
Baraka revelou ainda que os países "aliados" do Hamas foram
informados apenas no início das ações. Nos últimos "dois anos o
Hamas adotou uma abordagem racional", pois "não esteve envolvido
em nenhuma guerra e não se juntou à Jihad Islâmica nas suas
batalhas recentes" e "tudo isto foi parte da estratégia do Hamas
na preparação para este ataque", explicou.
A estratégia, nas palavras do líder, foi a da desinformação de
forma mais geral, para fazer as pessoas acreditarem que o Hamas
"estava empenhado em governar Gaza" e que "tinha abandonado
completamente a resistência". (ANSA).
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