(ANSA) - O alto representante da União Europeia para Política Externa, Josep Borrell, irá à Guatemala entre este sábado (13) e a próxima terça-feira (16) para oferecer o apoio do bloco ao presidente eleito Bernardo Arévalo, há meses vítima de tentativas de subverter o resultado das eleições por parte da magistratura do país.
A visita foi anunciada nesta sexta-feira (12), mesmo dia em que o Conselho Europeu estabeleceu uma série de medidas a adotar contra os que “obstaculizarem a transição democrática” após a vitória de Arévalo nas eleições gerais de 2023, como atestado pela Missão de Observação Eleitoral (MOE) da UE na Guatemala.
Em nota, o bloco continental diz que, durante a visita à república centro-americana, Borrell discutirá com o novo chefe de Estado sobre o “reforço das parcerias e do diálogo UE-Guatemala, as prioridades do novo governo e as áreas de interesse compartilhado para potenciais cooperações”.
No domingo (14), Borrell participará da cerimônia oficial de posse do presidente e de sua vice, Karin Herrera Aguilar.
No mesmo dia, o comissário europeu encontrará operadores de Justiça e defensores dos direitos humanos, além de expoentes indígenas e representantes do setor privado.
A agenda de Joseph Borrell ainda prevê encontros bilaterais com os presidentes do Chile, Gabriel Boric; Paraguai, Santiago Peña; com o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin; e com a secretária de Relações Exteriores do México, Alicia Bárcena Ibarra.
“A UE mantém seu firme e inequívoco apoio à democracia na Guatemala”, garantiu Borrell, por ocasião do anúncio das medidas para garantir “apoio à democracia e uma transferência pacífica e ordenada de poder” na Guatemala por parte do Conselho Europeu.
“Estamos ao lado do povo guatemalteco e contra os que estão minando a democracia do país. A UE está ansiosa para trabalhar em estreito contato com a futura administração do presidente Arévalo”, acrescentou.
Ele explicou que a União Europeia poderá impor medidas restritivas contra pessoas e entidades responsáveis por ações que “minem a democracia, o Estado de direito e a transferência do poder, através de perseguição e intimidação de funcionários públicos, autoridades democraticamente eleitas, sociedade civil, meios de comunicação e operadores de Justiça”. (ANSA).