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ONU apela contra corte de verba de agência de ajuda a palestinos

Funcionários de agência foram acusados de envolvimento com Hamas

Redazione Ansa

(ANSA) - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, fez um apelo a todos os países que suspenderam o financiamento à Unrwa, agência da ONU que dá assistência a refugiados palestinos, para retomarem as contribuições.

O pedido é feito após diversas nações, incluindo a Itália, bloquearem a ajuda depois que trabalhadores da Unrwa foram acusados de estarem envolvidos nos ataques do grupo fundamentalista islâmico Hamas contra Israel em 7 de outubro.

"Embora compreenda as suas preocupações, e também tenha ficado horrorizado com estas acusações, apelo veementemente aos governos que suspenderam as suas contribuições para, pelo menos, garantirem a continuidade das operações da Unrwa", declarou o diplomata português em nota.

Segundo Guterres, "não se deve penalizar as dezenas de milhares de homens e mulheres que trabalham para a Unrwa, muitos deles em algumas das situações mais perigosas que existem no trabalho humanitário".

Além disso, ele reforçou que "qualquer funcionário da ONU envolvido em atos de terror será responsabilizado, inclusive através de processo criminal".

Até o momento, Itália, Canadá, Austrália, Finlândia, Reino Unido e Estados Unidos decidiram bloquear os repasses. Hoje, o Ministério das Relações Exteriores da Áustria declarou também que "todos os pagamentos adicionais à Unrwa serão temporariamente suspensos em coordenação com parceiros internacionais".

"As Nações Unidas devem permanecer acima de qualquer crítica no interesse da sua credibilidade", destacou o governou austríaco, acrescentando que é necessário "uma investigação ampla, rápida e completa", porque "as alegações são chocantes".

Mais cedo, a Comissão Europeia informou que realizará uma "revisão" do financiamento por causa das investigações da ONU.

"A UE é um dos maiores doadores de ajuda humanitária e de desenvolvimento aos palestinos em Gaza. A ajuda humanitária aos palestinos em Gaza e na Cisjordânia continuará inabalável através de organizações parceiras", afirmou o bloco, enfatizando que "atualmente não se prevê qualquer financiamento adicional à Unrwa até o final de fevereiro". (ANSA).
   

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