(ANSA) - Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (30) que vão reimpor sanções ao setor de petróleo e gás da Venezuela, depois que a Suprema Corte de Caracas - leal ao presidente Nicolás Maduro - proibiu candidatos da oposição de concorrer a cargos públicos no eleições presidenciais.
"Na ausência de progresso entre Maduro e os seus representantes e a plataforma unificada da oposição, particularmente no que diz respeito a permitir que todos os candidatos presidenciais concorram nas eleições deste ano, os Estados Unidos não renovarão a Licença Geral 44 quando esta expirar, em 18 de abril de 2024", afirmou um porta-voz do departamento.
Além disso, o governo de Joe Biden revogará a Licença Geral 43, que autorizava transações da Minerven, empresa estatal venezuelana de mineração de ouro.
As medidas surgem na sequência da violação de um acordo entre o governo de Maduro e a oposição, alcançado em Barbados, para a realização de eleições livres e justas em 2024 e na presença de observadores internacionais.
Este acordo levou os Estados Unidos a aliviarem as sanções à Venezuela, permitindo à Chevron, sediada no território norte-americano, retomar a extração limitada de petróleo e abrindo caminho para uma troca de prisioneiros.
As novas punições são divulgadas após a Suprema Corte de Caracas confirmar a inelegibilidade por 15 anos da principal candidata da oposição ao regime de Nicolás Maduro, María Corina Machado, que venceu as primárias das próximas eleições presidenciais. (ANSA).