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UE deve pedir para Israel se abster de ofensiva em Rafah

Medida está em esboço de declaração de líderes do bloco

Palestinas choram morte de familiares em ataque israelense em Rafah, sul da Faixa de Gaza

Redazione Ansa

(ANSA) - Os líderes da União Europeia se preparam para pedir que Israel não inicie uma incursão militar terrestre em Rafah, cidade situada no extremo-sul da Faixa de Gaza e que abriga atualmente cerca de 1,5 milhão de pessoas.

O município é o último antes da fronteira com o Egito e virou refúgio de centenas de milhares de deslocados de outras regiões do enclave, que não teriam mais para onde escapar no caso de uma operação israelense em larga escala.

"O Conselho Europeu exorta o governo israelense a se abster de uma operação de terra em Rafah, onde mais de 1 milhão de palestinos buscam segurança contra os combates e acesso a ajuda humanitária", diz o esboço de uma declaração conclusiva da reunião dos líderes dos 27 Estados-membros marcada para 21 e 22 de março.

No texto, os países da UE também pedem uma "pausa humanitária imediata que leve a um cessar-fogo sustentável" e expressam "profunda preocupação com a situação catastrófica em Gaza, com efeitos desproporcionais em crianças".

O esboço deve ser discutido em uma reunião dos representantes permanentes dos Estados-membros em Bruxelas nesta quarta-feira (13), antes de ser levado aos líderes.

A iminência de uma incursão israelense em Rafah vem causando preocupação na comunidade internacional, e o site Politico publicou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, estuda até limitar as ajudas militares ao país judeu caso a ofensiva se concretize.

Enquanto isso, um navio operado pela ONG Open Arms zarpou do Chipre nesta terça-feira (12) com 200 toneladas de ajudas humanitárias para Gaza, utilizando um corredor marítimo aberto pela UE.

"Ativamos o mecanismo de proteção civil da UE para reforçar nosso apoio. E encorajo todos os Estados-membros a contribuir para permitir um fornecimento estável e significativo de ajudas a Gaza", disse a presidente do poder Executivo do bloco, Ursula von der Leyen. (ANSA) 

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