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Papa elogia contribuição dos católicos na China para a paz

Vaticano diz ter interesse em renovar acordo com Pequim

Concílio da Igreja Católica na China acontece em Roma

Redazione Ansa

O br/brasil/noticias/vaticano/2024/05/20/papa-francisco-viajara-para-belgica-e-luxemburgo-em-setembro_3808820a-be3c-499e-b2ed-46b6402eff67.html">papa Francisco elogiou nesta terça-feira (21) o papel dos católicos na China, apelando à construção da paz em meio à ameaça das guerras em todo o mundo.
    A declaração foi dada em uma mensagem de vídeo destinada aos participantes da conferência sobre o 'Concilium Sinense', primeiro e único concílio da Igreja Católica na China, que acontece na Universidade Pontifícia Urbaniana, em Roma.
    "Aqueles que seguem Jesus amam a paz e se encontram junto com todos aqueles que trabalham pela paz, num tempo em que vemos atuar forças desumanas que parecem querer acelerar o fim do mundo", afirmou.
    O argentino destacou ainda que o Espírito Santo reuniu-os, fez crescer a harmonia entre eles, conduziu-os por caminhos que muitos deles não teriam imaginado, superando até a perplexidade e a resistência.
    "Os católicos chineses, em comunhão com o Bispo de Roma, caminham no tempo presente. No contexto em que vivem, também testemunham a sua fé com obras de misericórdia e de caridade, e no seu testemunho dá uma contribuição real para a harmonia da convivência social, para a construção da casa comum", acrescentou.
    O Vaticano e a China romperam relações diplomáticas formais em 1951, quando a Santa Sé reconheceu a independência da ilha de Taiwan, que ainda é vista por Pequim como uma "província rebelde". No entanto, Francisco tem tentado melhorar o diálogo entre a Igreja Católica e Pequim.
    O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, inclusive, falou sobre a renovação do acordo entre a Santa Sé e o governo da China para a nomeação dos bispos católicos no país asiático. O polêmico documento foi assinado em outubro de 2022 e vale até 2024.
    De acordo com ele, todos estão "interessados que o acordo sobre a nomeação dos bispos possa ser renovado e também que alguns pontos possam ser desenvolvidos".
    Quando questionado se os próximos passos são para a abertura de uma representação pontifícia em Pequim, Parolin respondeu: "Há muito que esperávamos poder ter uma presença estável na China, mesmo que inicialmente não tenha a forma de uma representação pontifícia, de uma nunciatura apostólica, mas em qualquer caso para aumentar os contatos. Então a forma pode ser diferente".
    Segundo Parolin, "até o reconhecimento da conferência episcopal chinesa é um tema de discussão neste momento, de tal forma que inclui todos os bispos chineses". No entanto, especificou que "ainda é um tema de trabalho".
    O secretário de Estado do Vaticano fez um relatório elaborado na conferência sobre a figura do primeiro delegado pontifício Celso Costantini, que trabalhou na China há mais de um século, uma figura de quem ele próprio se inspirou na gestão das relações com Pequim.
    Costantini queria uma igreja "indígena" na China que fosse o menos possível um reflexo das missões estrangeiras, um símbolo da colonização estrangeira. (ANSA).
   

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