(ANSA) - A extrema-direita europeia rachou nos
últimos dias após declarações do líder do partido Alternativa
para a Alemanha (AfD), Maximilian Krah, relativizando o nazismo.
As falas ocorreram em entrevista ao jornal italiano La
Repubblica. Krah disse que um integrante da Polícia de Estado
nazista (SS) não seria automaticamente um criminoso: "Antes de
declarar que alguém é um criminoso, quero saber o que fez".
Após a repercussão, o político renunciou à liderança de sua
sigla e foi banido de eventos eleitorais. Ele havia sido
escolhido como líder da lista pelo partido para as eleições do
Parlamento Europeu, entre 6 e 9 de junho. Apesar das medidas,
ele seguirá na lista por falta de tempo para sua substituição.
O episódio também levou à exclusão dos nove membros da sigla
do Grupo Identidade e Democracia (ID) no Parlamento Europeu, um
dos dois blocos de extrema-direita na casa legislativa europeia.
Marine Le Pen, do Reagrupamento Nacional, da França, e Matteo
Salvini, da Liga, da Itália, ambos expoentes do mesmo espectro
político, já haviam anunciado ruptura com Maximilian Krah.
"A última coisa que precisamos agora é um debate sobre mim.
Por isso estou renunciando a qualquer aparição na campanha
eleitoral e ao meu cargo de membro do gabinete federal",
escreveu Krah, através do X (antigo Twitter), na quarta-feira.
(ANSA).
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Político alemão abre crise na extrema-direita europeia
Maximilian Krah relativizou nazismo em fala a jornal italiano