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Israel ataca campo de refugiados em Rafah e deixa vários mortos

Governo italiano criticou ofensiva contra palestinos em Gaza

Redazione Ansa

Um novo ataque israelense contra uma área que abrigava deslocados pela guerra em Rafah deixou "um grande número de vítimas", informou o Crescente Vermelho nesta segunda-feira (27).
    A Defesa Civil da Faixa de Gaza afirmou, porém, que ao menos 40 mortos foram localizados no campo de refugiados a noroeste de Rafah.
    As forças de defesa de Israel (IDF) confirmaram que atacaram a área e afirmaram que "os detalhes estão sendo verificados".
    Desta forma, a ordem do Tribunal Internacional de Justiça de Haia para parar a ofensiva na zona sul do enclave palestino parece ter sido inútil.
    O novo ataque ocorre depois que o Hamas lançou novamente uma ofensiva contra Tel Aviv e o centro de Israel, após quatro meses. O Exército israelense contou com oito, reivindicados pelas Brigadas Qassam - o braço militar da facção islâmica - retiradas da área de Rafah.
    A nova ofensiva surgiu no mesmo dia em que o Egito reabriu a passagem de Rafah por onde, após 20 dias de paralisação, entraram e depois passaram, uma vez inspecionados por Israel, os primeiros caminhões de ajuda humanitária destinados à travessia israelense de Kerem Shalom.
    Agora, todos os olhos estão voltados para o Cairo, onde a partir desta terça-feira (28), segundo informaram fontes egípcias à rede norte-americana CNN, poderão ser retomadas as negociações, mediadas pelo Egito, pelos Estados Unidos e pelo Catar, para uma possível trégua e a libertação dos mais de 120 reféns israelenses ainda detidos em Gaza.

    Itália 

Após o ataque, o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, disse que Israel está semeando ódio que afetará suas gerações futuras. "Tenho a impressão de que Israel está semeando ódio que afetará (seus) filhos e netos", afirmou ele no evento SkyTg24 Live em Milão.
    De acordo com o Crosetto, "o Hamas é uma coisa, o povo palestino é outra" e, portanto, Israel deveria "ter discernimento entre os dois. "Estamos convencidos de que Israel tinha que resolver o problema com o Hamas, mas, desde o primeiro dia, dissemos que tinha que ser resolvido de uma forma diferente".
    Para o ministro italiano, "com respeito a Rafah, todos os Estados concordaram que Israel tinha que parar" e não foram ouvidos.
    "Agora olhamos a situação com desespero. Enfrentamos uma situação cada vez mais difícil em que o povo palestino está a ser espremido, sem ter em conta as dificuldades dramáticas e os direitos de homens, mulheres e crianças inocentes que nada têm a ver com o Hamas", concluiu ele.
    Ontem, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, já havia feito um alerta para Israel "respeitar o direito internacional".
    "O que vejo é que Israel corre o risco de cair exatamente na armadilha que os fundamentalistas planejaram: forçar Israel a uma retaliação muito forte no território" para isolá-lo", declarou.
    Segundo ela, "isso está acontecendo e por esta razão acredito que devemos reiterar" que Israel "deve respeitar o direito internacional". (ANSA).
   

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