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Benny Gantz anuncia saída de governo de emergência de Israel

Benny Gantz renunciou ao cargo em Israel

Redazione Ansa

O ministro do gabinete de guerra de Israel, Benny Gantz, anunciou neste domingo (9) sua renúncia ao cargo no governo de emergência, em meio à guerra com o grupo fundamentalista islâmico Hamas na Faixa de Gaza.
    "Saio com o coração pesado. Não venceremos esta guerra como havíamos planejado", informou Gantz, em comunicado à mídia, segundo o Jerusalem Post.
    Em discurso transmitido ao vivo pela TV local, Gantz explicou que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, "nos impede de avançar para a verdadeira vitória". "As decisões estratégicas enfrentam procrastinação e hesitação devido a considerações políticas", acrescentou.
    De acordo com o ministro, depois de 7 de outubro, tal como fizeram centenas de milhares de patriotas israelenses, ele se disponibilizou e fez isso sabendo que "era um mau governo".
    "Formamos um governo de emergência para uma parceria marcada pelo destino, não para uma parceria política. Meses depois da catástrofe de outubro, a situação no país mudou", declarou Gantz, que pediu a Netanyahu um plano para o fim da guerra e o futuro da Faixa de Gaza, dando-lhe um ultimato, apesar da negativa.
    O ministro demissionário pediu a Netanyahu que vá às eleições o mais rápido possível, afirmando que para Gaza é necessário implementar o plano de cessar-fogo oferecido pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
    Centrista e adversário político de Netanyahu, Gantz havia prometido no final do mês passado que abandonaria a coalizão caso o premiê israelense não criasse um plano para o pós-guerra.
    Por sua vez, Netanyahu apelou para Gantz não deixar o governo e não abandonar a batalha. "Israel está em uma guerra existencial em múltiplas frentes", escreveu ele no X, enfatizando que "não é hora de abandonar, é hora de unir forças".
    O primeiro-ministro prometeu continuar até à vitória e à concretização de todos os objetivos, "em primeiro lugar a libertação dos reféns e a eliminação do Hamas".
    "A minha porta permanecerá aberta a qualquer partido sionista disposto a assumir o fardo e ajudar a alcançar a vitória sobre os inimigos e a garantir a segurança dos cidadãos", concluiu Netanyahu.
    Ofensiva - O anúncio é feito no dia em que o braço militar do Hamas, as Brigadas Qassam, afirma que o ataque israelense que levou à libertação de quatro reféns no último sábado (8), no campo de Nuseirat, levou à morte de outros três sequestrados, incluindo um que tinha cidadania americana. (ANSA).
   

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