O governador da região italiana da Ligúria, Giovanni Toti, de centro-direita, colocado em prisão domiciliar no âmbito de uma investigação por suspeita de corrupção, foi às urnas neste domingo (9) sob escolta policial para votar nas br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/06/09/italia-retorna-as-urnas-em-2-dia-de-eleicoes-europeias-e-municipais_743e042b-d179-4456-bd54-f3ac569cce0f.html">eleições europeias.
O político se deslocou de sua residência até o colégio eleitoral que leva o nome de Don Lorenzo Celsi, em Ameglia, e depositou seu voto na seção 2.
Segundo Toti, ele conseguiu seu direito ao voto por meio de uma autorização solicitada pelo seu advogado Stefano Savi e concedida pela juíza de instrução Paola Faggioni.
A medida prevê uma hora para o governador ir votar acompanhado pela Guarda de Finanças de La Spezia e "proíbe absolutamente" ele falar com qualquer pessoa, exceto para operações normais de votação.
Com paletó escuro, camisa listrada sem gravata, calça azul e mocassim, o governador apareceu sorrindo na sessão eleitoral, concluiu o processo de votação e voltou para sua casa, garantindo uma hora de (quase) liberdade para exercer um direito constitucional.
O político e jornalista é acusado de ter recebido 74,1 mil euros (R$ 405 mil) e promessas de financiamento dos empresários dos setores logístico e imobiliário Aldo e Roberto Spinelli, em troca de favores do poder público, incluindo a privatização de uma praia na costa lígure, a facilitação dos trâmites para a construção de um complexo imobiliário e a renovação da concessão de um terminal portuário em Gênova, capital da região.
O mesmo direito ao voto também será usufruído pelos demais presos na investigação que abalou a Ligúria: alguns em domiciliar, como Spinelli, outros detidos em penitenciária, como Paolo Emilio Signorini, tendo em vista que também existem colégios eleitorais em instituições prisionais. (ANSA).
Governador italiano em prisão domiciliar vai às urnas escoltado
Giovanni Toti é alvo de inquérito sobre corrupção