AnsaFlash

Partido quer referendo sobre 'útero de substituição' na Itália

Lei aprovada pelo Parlamento torna a prática 'crime universal'

Votação no parlamento italiano sobre o tema da 'barriga de aluguel'

Redazione Ansa

Forças de br/brasil/noticias/politica/2024/08/26/oposicao-italiana-pressiona-por-reforma-de-lei-de-cidadania_cded1e60-2864-42d3-a7de-99e186a69443.html">oposição na Itália se mobilizam para pedir a convocação de um referendo para revogar o projeto de lei que torna "crime universal" a prática de gestar filhos para outras pessoas, também conhecida como "barriga de aluguel" ou "útero de substituição".
    A proposta foi aprovada em definitivo pelo Senado na última quarta-feira (16), com placar de 84 votos a favor e 58 contrários, e é uma das bandeiras da premiê de direita Giorgia Meloni.
    O "útero de substituição" já era um delito na Itália, mas o novo projeto abre as portas para processar também as pessoas que recorrerem a essa prática no exterior, realidade de muitos casais homoafetivos, mas também de casais heteroafetivos nos quais a mulher não pode engravidar. O texto prevê penas de até dois anos de cadeia e multa de até 1 milhão de euros (R$ 6,2 milhões).
    "O projeto diminui o próprio conceito de crime universal, que é usado para delitos muitos graves, como genocídio e crimes de guerra e contra a humanidade. Além disso, a gestação para outros é uma prática regulamentada em muitos países europeus. Por isso, apresentaremos um pedido de referendo para revogar a lei", disse o Partido Radical, de orientação libertária.
    Para convocar uma consulta popular na Itália, é necessário obter pelo menos 500 mil assinaturas entre os eleitores.
    Meloni, por sua vez, afirmou que a medida é uma "norma de bom senso contra a mercantilização do corpo feminino e das crianças". "A vida humana não tem preço e não é mercadoria", acrescentou a premiê.
    A "barriga de aluguel" é usada quando um casal não consegue gestar por conta própria e utiliza o útero de outra mulher mediante pagamento ou não, dependendo das regras de cada país - no Brasil, por exemplo, retribuições financeiras são proibidas. (ANSA).

Leggi l'articolo completo su ANSA.it