AnsaFlash

Itália abre cúpula do G7 da Defesa em meio a protestos

Reuniões serão realizadas na cidade de Nápoles

Segurança foi reforçada em Nápoles

Redazione Ansa

(ANSA) - O governo italiano iniciou nesta sexta-feira (18), pela primeira vez na história, uma cúpula com os ministros da Defesa do G7, na cidade de Nápoles, no sul do país, com o objetivo de promover o papel do grupo e de identificar uma abordagem de questões de caráter político-militar.
    A agenda dos trabalhos inclui uma discussão sobre os principais conflitos, incluindo as guerras no Oriente Médio e na Ucrânia, e áreas de instabilidade a nível global, funcional para definir entendimentos políticos comuns e partilhar possíveis linhas de ação.
    O G7 contará com os ministros de Defesa da Itália, Estados Unidos, Japão, Canadá, Alemanha, França e Reino Unido, além do secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, e do alto representante para Política Externa da União Europeia (UE), Josep Borrell, que participará das discussões sobre os principais conflitos globais e áreas de instabilidade, incluindo sessões sobre o apoio à Ucrânia, a situação no Oriente Médio, na África e no Indo-Pacífico.
    À margem da reunião dos ministros da Defesa do G7, o chefe da diplomacia da UE realizará também uma série de reuniões bilaterais.
    Nesta noite, o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, participa do jantar inaugural no Palazzo della Marina, onde o artesão Genny Di Virgilio, famoso pelas suas estatuetas expostas na oficina de San Gregorio Armeno, apresentou uma amostra da arte do presépio napolitano.
    Após o evento, as delegações seguirão para o Palazzo Salerno, na Piazza del Plebiscito, sede do Comando das Forças Operacionais do Sul do Exército Italiano.
    Cerca de 3 mil agentes foram convocados para garantir a vigilância e segurança durante a cúpula do G7 da Defesa. O plano de controle prevê um alto nível de alerta na "chamada zona vermelha", que é na praça, como nas outras áreas onde as delegações estarão presentes.
    A vigilância, segundo o plano de segurança elaborado pelo prefeito de Nápoles, Michele di Bari, também será intensificada nas estradas nas quais os carros que transportam os ministros passarão.
    A reunião em Nápoles acontece em meio a protestos, nos quais manifestantes bloquearam algumas entradas ao porto da cidade e colocaram cartazes denunciando aos chefes do G7 que "Sua defesa é igual a Guerra".
    Para o próximo sábado (19), estão previstas novas manifestações por parte de vários grupos políticos, sindicais e sociais que, segundo os seus organizadores, repudiam o fato desta cidade ser "palco de um encontro que provavelmente abrirá caminho a conflitos de maior dimensão". (ANSA).
    Leggi l'articolo completo su ANSA.it