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Adoção e abandono de brasileiro viram tema de livro na Itália

"Filho de Ninguém" será lançado nesta sexta-feira (22) em Modena

Capa do livro 'Figlio di nessuno', de Douglas Dall'Asta

Redazione Ansa

(ANSA) - A adoção e, posteriormente, o abandono de um brasileiro por um casal de italianos são temas de um livro da jornalista Valentina Reggiani e do próprio protagonista da história, Douglas Dall'Asta, que será lançado nesta sexta-feira (22), no Phi Hotel Canalgrande de Modena, na Itália.
    A obra "Figlio di Nessuno" ("Filho de Ninguém", em português) tem um texto que trata de temas atuais, como a adoção, o abandono, o acolhimento, a prisão, a rua e o apoio à parentalidade.
    Em colaboração com a editora Incontri e Modenamoremio, o lançamento da publicação contará com a presença dos autores, além do advogado que acompanhou o caso central da história, Gianluca Barbiero, e da deputada Stefania Ascari.
    Com 26 anos atualmente, Dall'Asta foi adotado no Brasil por um casal de italianos de Piadena, na região de Cremona, que viajaram ao país para buscá-lo com apenas nove anos. Ao chegar à Itália, porém, depois de apenas quatro dias na casa daqueles que lhe foram apresentados como seus novos pais, ele foi abandonado pela segunda vez.
    A partir desse momento, o que era para marcar o início de uma nova vida tornou-se o começo de sua provação: o deslocamento entre uma comunidade e outra, a vida nas ruas, até atingir a maturidade, as drogas, a prisão e, acima de tudo, a busca constante por uma identidade.
    Após uma longa batalha judicial, os pais adotivos foram obrigados a mantê-lo, conforme exigido primeiro por uma decisão do tribunal de Cremona e posteriormente do Tribunal de Recurso de Brescia.
    Agora, Dall'Asta decidiu contar a sua história, despir-se para que ninguém jamais se sinta "rendido" como o que aconteceu com ele. A sua narrativa quer lembrar que toda criança tem direito a um ambiente familiar seguro e amoroso, sem o fardo do abandono e do isolamento, e que nenhum outro menor deve se sentir "filho de ninguém". (ANSA).
   

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