De acordo com o chefe de governo israelense, a duração do acordo, que deve ser de 60 dias, vai depender "do que acontecer" em Beirute, pois se o grupo xiita "romper" o pacto, o premiê prometeu que as forças do país voltarão com os ataques.
"Caso o Hezbollah romper o acordo e tentar novamente se armar, atacaremos. Se tentar reconstruir a infraestrutura terrorista perto da fronteira, atacaremos. Se lançar foguetes ou se cavar túneis, nós atacaremos", afirmou Netanyahu.
"Por que fazer uma trégua agora? Há três razões: se concentrar na ameaça iraniana, renovar as forças e reabastecimento completo. E digo a vocês abertamente, houve grandes atrasos no fornecimento de armas e munições, enquanto a terceira razão é separar as frentes e isolar o Hamas", acrescentou.
Em seu discurso, Netanyahu ainda avaliou que o Hezbollah "já não é o que era antes" e impôs um retrocesso de "décadas" no movimento. Além disso, o premiê mencionou que, "com total entendimento entre Israel e Estados Unidos", manterá "total liberdade militar" no Líbano.
Segundo a imprensa local, o acordo, que já vinha sendo costurado havia semanas, prevê que Israel interrompa os ataques pelos próximos 60 dias e retire suas tropas da fronteira sul do território libanês. O cumprimento do cessar-fogo deverá ser monitorizado por um comitê encabeçado por Estados Unidos e França, enquanto o início dele deverá ser na próxima quarta-feira (27).
O cessar-fogo temporário no Líbano foi anunciado após o conflito na região deixar pelo menos 3,7 mil mortos, incluindo o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e por volta de um milhão de deslocados no sul da nação, de acordo com o Ministério da Saúde local. (ANSA).
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