(ANSA) - A Lombardia, região mais populosa da Itália, decretou nesta sexta-feira (24) estado de emergência por causa da seca.
A decisão foi anunciada pelo governador Attilio Fontana, em meio à hesitação do governo italiano para declarar emergência no país inteiro em função da estiagem.
O decreto cita a "grave situação de déficit hídrico" na Lombardia e valerá até 30 de setembro, ativando o sistema regional de Defesa Civil para combater a crise.
Além disso, o governo lombardo recomendou que a população "utilize a água de modo extremamente parcimonioso, sustentável e eficaz, limitando seu consumo ao mínimo indispensável".
O decreto também pede que as concessionárias deem prioridade aos serviços de irrigação para evitar mais prejuízos às lavouras - de acordo com a confederação de agricultores Coldiretti, a seca já causou danos de mais de 3 bilhões de euros no setor.
A Lombardia é uma das quatro regiões atravessadas pelo Pó, maior rio do país em extensão e que enfrenta sua pior estiagem em 70 anos. Partes da Itália setentrional registram mais de 100 dias sem chuvas, cenário que se agravou com o aumento das temperaturas nos últimos dias.
Pressão
Mesmo com a declaração de estado de emergência, o governador da Lombardia cobrou do Conselho dos Ministros a constituição de uma "sala de direção permanente" entre Roma e as regiões para monitorar a crise hídrica.
Regiões de todo o país pressionam o governo a decretar estado de emergência em âmbito nacional por conta da seca, mas o gabinete do premiê Mario Draghi ainda está definindo os parâmetros para implantar essa medida.
"É evidente que existe uma situação dramática em muitas zonas do país e que as chamadas áreas vermelhas, ou seja, aquelas que registram uma diminuição dos níveis de rios e lagos e onde estão faltando recursos hídricos, estão se alargando cada vez mais", reconheceu o ministro das Políticas Agrícolas, Stefano Patuanelli. (ANSA)
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