Noticias

COP27 chega a acordo sobre fundos de perdas e danos, diz fonte

UE conseguiu emplacar aumento de países doadores

Países chegaram a acordo na questão da criação do fundo de perdas

Redazione Ansa

(ANSA) - Os governos reunidos na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP27, conseguiram chegar a um acordo para criar um fundo para perdas e danos provocados por desastres do clima em países pobres, informam fontes diplomáticas em Sharm el-Sheik, no Egito, à ANSA neste sábado (19).

O documento final ainda não foi fechado, mas a decisão de aceitar a criação do fundo foi comemorada, informam ainda os representantes.

Entre os pontos que ainda estão em debate está uma proposta da União Europeia para melhorias nas metas de mitigação contra as mudanças climáticas, como os compromissos para o corte de emissão de gases tóxicos e a manutenção da meta de aquecimento global de até 1,5°C na comparação com os números da época pré-industrial.

Outro pedido do bloco europeu é que seja especificado no texto quais são os destinatários das ajudas do fundo e quais são as nações mais vulneráveis - e não todos os países "em via de desenvolvimento". A mudança é focada especificamente para a retirada da Índia e da China entre aqueles que receberiam dinheiro.

Uma vitória da UE, conforme explicam as fontes, foi a ampliação na lista dos doadores do fundo. Apesar de não divulgar quantos países foram adicionados, o bloco queria que grandes países emergentes, novamente, o caso da China, fossem também incluídos entre aqueles que ajudarão a manter o fundo.

Apesar da criação do fundo, é bastante improvável que o detalhamento de valores seja anunciado na COP27, sendo um tema que deve ficar para a reunião do ano que vem.

O encontro em Sharm el-Sheik deveria ter sido encerrado nesta sexta-feira (18), mas por conta da falta de acordo, as negociações foram prorrogadas por tempo indeterminado. Na COP26, por exemplo, as conversas prosseguiram por mais dois dias além do previsto.

Outras alterações - O último rascunho divulgado à imprensa neste sábado apontava algumas mudanças em relação ao texto anterior.

Entre eles, está o reconhecimento que para manter a meta do 1,5°C é preciso aumentar o corte de emissões, que precisam ser de 43% em 2030 em relação aos números de 2019. Até por conta disso, a própria UE debate uma nova mudança nas metas de cada país do bloco, ampliando os cortes nacionais para chegar à meta daqui a oito anos.

Outro destaque é uma determinação de atualização dos compromissos sobre a descarbonização dos Estados, o chamado NDC, até a COP28. Os países também concordaram que as medidas adotadas na última reunião da ONU, em Glasgow, devem ser mantidas no que tange à produção elétrica por meio de carvão e gás metano não compensado. (ANSA).
   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it