Noticias

Desmatamento na Amazônia tem queda em relação a ano anterior

Entre agosto de 21 e julho de 22, destruição foi de 11.568km²

Mesmo com queda, governo Bolsonaro teve alta de quase 60% no desmatamento

Redazione Ansa

(ANSA) - A Amazônia teve um desmatamento de 11.568km² entre agosto de 2021 e julho de 2022, uma queda de 11% na comparação com o mesmo período entre 2020 e 2021, informou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta quarta-feira (30).

Os dados são baseados no Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) e estavam prontos desde o início de novembro, mas o governo de Jair Bolsonaro atrasou a divulgação. Os números são mais precisos do que o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que usa os alertas e os divulga mensalmente.

Apesar da queda, os quatro anos de governo Bolsonaro tiveram uma expansão de 59,5% no desmatamento da Amazônia, informa a ONG Observatório do Clima. O atual mandatário pegou a média anual de destruição em 7.145km² e entrega o governo com 11.396km².

"O regime Bolsonaro foi uma máquina de destruir florestas. A única boa notícia do governo atual é o seu fim", disse em nota o secretário-executivo da ONG, Marcio Astrini.

O representante ainda ressalta que o Deter indica "que a devastação continua fora de controle". "Jair Bolsonaro deixará para seu sucessor uma herança maldita de desmatamento em alta e uma Amazônia conflagrada. Se quiser ver os números de destruição florestal diminuírem em 2023, Lula terá que ter tolerância zero com o crime ambiental desde o primeiro dia de seu governo", acrescenta.

Conforme os dados do Deter, entre agosto e outubro deste ano - meses que só entrarão via Prodes em 2023 - há um aumento de 45% na área de alertas de desmatamento na comparação com o ano anterior.

A ONG ainda fez um tabela para comparar os presidentes e a relação de queda ou aumento na taxa de desmatamento. Nos governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), houve alta de 42,5% no índice nos quatro primeiros anos (19.457km² de média anual) e queda de 3,2% no segundo (18.825km²).

Nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), houve alta de 14,8% na comparação do primeiro mandato com o último de FHC (21.617km²) e forte retração de 54,8% no segundo (9.756km²).

Já Dilma Rousseff manteve a trajetória de queda em seu primeiro mandato (2011-2014), com -43,9% de área desmatada, o que representa 5.473km². Nos dois anos antes do impeachment (na comparação com os dois anos anteriores), houve uma alta de 29,3% (7.050km²). Nos dois anos de Michel Temer (2017-2018), a alta foi de 2,7% com uma média anual de 7.241km², levando a média no período 2015-2018 a 7.145km². (ANSA).


   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it