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Ativistas ambientais jogam tinta na entrada do Teatro alla Scala

Grupo protestou antes de abertura da temporada de óperas

Tinta lançada por ativistas na fachada do Teatro alla Scala

Redazione Ansa

(ANSA) - Cinco ativistas ambientais lançaram tinta azul e rosa na entrada do Teatro alla Scala, célebre casa de óperas de Milão e que abre sua temporada 2022/23 nesta quarta-feira (7).

A ação foi realizada pelo grupo Última Geração, costela italiana do Extinction Rebellion (Rebelião da Extinção, em tradução literal), movimento que diz lutar contra o colapso do clima e responsável por ataques a obras de arte em museus na Europa.

"Decidimos sujar com tinta o Teatro alla Scala para pedir aos políticos que tirem a cabeça da areia e intervenham para salvar a população", diz um comunicado do grupo ambientalista. Tanto o presidente Sergio Mattarella quanto a premiê Giorgia Meloni assistirão à abertura da temporada na casa de óperas nesta quarta.

"Que as manchas na fachada do Scala lembrem a Giorgia Meloni e Sergio Mattarella suas próprias responsabilidades e os incentive a agir, antes que se repita outra Ischia", acrescenta o Última Geração, fazendo referência ao deslizamento que matou 12 pessoas na cidade de Casamicciola Terme no fim de novembro.

Já o governador da Lombardia, Attilio Fontana, definiu o ato como "idiota e sem lógica". "O mundo ocidental e a Europa estão se movendo para resolver os problemas climáticos. Precisamos proteger o clima e o meio ambiente, mas também nossos cidadãos", disse.

Os cinco ativistas têm entre 20 e 23 anos de idade e foram denunciados por sujar bens culturais. As ações do Última Geração têm se tornado cada vez mais frequentes na Itália e, nas últimas semanas, incluíram ataques a obras de Andy Warhol e Van Gogh, além de bloqueios de trânsito.

Ópera russa

O superintendente do Teatro alla Scala, Dominique Meyer, voltou a defender a escolha pela ópera russa "Boris Godunov' para a abertura da temporada de espetáculos.

"Apresentaremos uma obra-prima da história da arte. Não significa nenhum apoio à política russa. São coisas diferentes", disse Meyer ao ser questionado sobre as críticas ucranianas pela escolha. (ANSA)

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