(ANSA) - Um estudo conduzido por um pesquisador italiano apontou que é possível imprimir em 3D uma réplica exata do coração de uma pessoa ao desenvolver um modelo macio e flexível capaz de se contrair como o original.
O siciliano Luca Rosalia, o primeiro autor do estudo, teve sua pesquisa publicada na revista Science Robotics por um grupo de engenheiros do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
A descoberta do italiano pode auxiliar os profissionais de saúde a estudar a anatomia e a funcionalidade do coração de pacientes de forma individual, a fim de personalizar os tratamentos e escolher as válvulas e próteses mais adequadas para o implante.
O desenvolvimento do coração em 3D tem a chance de ajudar os pacientes a se curarem de inúmeras doenças cardíacas, como a estenose aórtica, por exemplo.
"Todos os corações são diferentes. Existem grandes variações, especialmente quando os pacientes estão doentes. A vantagem do nosso sistema é que podemos recriar não apenas a forma do coração de um paciente, mas também sua função, tanto na fisiologia quanto na doença", explicou Rosalia, que elaborou a pesquisa em 2020, durante o isolamento em função da pandemia de Covid-19.
A impressão do coração é feito a partir de uma série de imagens do órgão original do paciente, que são convertidas em um modelo digital para ser impresso em 3D na sequência. O exemplar ainda recebe uma tinta especial à base de polímero.
O coração em 3D é macio e flexível, sendo que o mesmo pode ser feito para a aorta, principal artéria que transporta o sangue do coração ao resto do corpo.
Já para simular a contração, as impressões são revestidas com bainhas que são conectadas a um sistema pneumático no qual o ar é injetado para induzir a contração. (ANSA).