(ANSA) - O plenário da Câmara dos Deputados da Itália aprovou uma moção nesta terça-feira (9) em que cobra que o governo do país, entre outros pontos, "analise a oportunidade" de inserir a produção de energia nuclear entre suas fontes energéticas.
O país europeu fechou suas usinas atômicas na década de 1980, mas forças políticas estão cobrando a retomada para garantir a segurança energética nacional.
Segundo o texto, o objetivo é "acelerar o processo de descarbonização da Itália" porque a energia gerada por nuclear "é um fonte alternativa e limpa" - mas com foco na produção no exterior.
"[O governo] deve avaliar quais são os territórios fora da Itália para a produção de energia nuclear e que possam satisfazer as necessidades nacionais de energia descarbonizada e avaliar a oportunidade de promover e favorecer o desenvolvimento de acordos e parcerias internacionais entre as empresas nacionais e/ou com participação pública com as empresas que gerem a produção nuclear com o objetivo de satisfazer às necessidades mencionadas", acrescenta o documento.
No entanto, uma parte do texto abre uma brecha para a produção também ser interna, quando determina uma a criação de "uma campanha de informação objetiva, baseada no rigor científico, para evitar oposições preconceituosas, com a consciência de que o problema da aceitação social representa uma etapa essencial para a realização na construção de qualquer planta energética, prevendo ainda medidas de compensação ambiental e social para entidades e territórios no caso da necessidade de construção de plantas em território nacional".
Além disso, os deputados reafirmam os compromissos da Itália com as metas climáticas, como o objetivo de zero emissões em 2050, e determinam que o país "deve participar ativamente, em sede europeia e internacional, em cada iniciativa oportuna, seja de caráter científico voltada a incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias nucleares destinadas a produção de energia com objetivos civis".
s deputados pedem que o governo sempre se mantenha "dentro da política energética europeia" e que também adote iniciativas para "recuperar o papel da Itália no campo de estudo e desenvolvimento técnico" no setor. (ANSA).