(ANSA) - A Organização WWF Itália anunciou nesta quarta-feira (21) que, desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o cargo de seu antecessor Jair Bolsonaro no início de 2023, a destruição da floresta amazônica diminuiu drasticamente: de 3.988 km² nos primeiros seis meses de 2022 para 288 km² nos seis meses iniciais de 2023.
A informação foi divulgada por ocasião do "Dia Mundial das Florestas Tropicais", que será celebrado nesta quinta (22).
Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais (INPE), desde o início do governo Bolsonaro (2019-2023), o desmatamento na Amazônia aumentou 34%, e mais 75% em 2022, quando durante os primeiros seis meses, 3.988 km² de floresta amazônica foram destruídos - uma área três vezes maior que a de Roma.
"Simultaneamente ao aumento da desflorestação, houve também um crescimento dramático dos incêndios, muitas vezes iniciados ilegalmente para incentivar a expansão da agricultura industrial com plantações e pastagens, mas também do setor extrativo com infraestruturas e minas", explica a ONG italiana.
No entanto, a partir deste ano, com a chegada de Lula ao poder, a destruição da floresta totalizou cerca de 288 km² em abril, a terceira menor registrada em muitos anos e com clara queda em relação ao mesmo mês do ano anterior (1.026,35 km²), conforme dados do INPE.
De acordo com WWF Itália, uma área de floresta do tamanho de sete campos de futebol desaparece a cada 15 segundos devido à crescente demanda por madeira preciosa ou áreas convertidas em pastagens ou plantações de soja. (ANSA).