(ANSA) - Pelo menos 55 pessoas morreram e cerca de mil estão desaparecidas após incêndios florestais na ilha de Maui e em outras cidades do Havaí, nos Estados Unidos.
A governadora do Havaí, Sylvia Luke, decretou estado de emergência e estradas e escolas tiveram que ser fechadas. O fogo destruiu carros, prédios históricos, estabelecimentos comerciais e muitas residências.
Turistas tiveram que fugir dos incêndios e muitos entraram no mar para aguardar o resgate. Mais de 11 mil pessoas foram retiradas de suas casas.
O papa Francisco enviou uma mensagem de condolências aos locais atingidos, expressando "solidariedade a todos aqueles que sofrem por essa tragédia, sobretudo os que perderam os entes queridos".
No texto, o Papa também oferece suas orações "para os mortos, os feridos e os desabrigados, além dos socorristas e profissionais de emergência".
O ministro das Relações Exteriores e vice-premiê da Itália, Antonio Tajani, disse que há cerca de 60 italianos no arquipélago, que estão sendo contatados pelo governo.
"A Itália está ao lado dos EUA contra os incêndios que estão devastando o Havaí e sua natureza pura", disse.
"Olhei para o posto de combustível e havia fogo. E eu só vi fumaça, cinzas, tudo caindo do céu. Senti que ia morrer, me senti impotente, não consegui ajudar ninguém. Estava tudo vermelho", disse Ekolu Brayden Hoapili, de 18 anos, que fugiu de carro da cidade havaiana de Lahaina.
"Eu cresci nessa cidade. Todos os passos que dei em Lahaina me enchem de memórias, vi as fotos e vídeos que mostram que a minha cidade desapareceu, acabou tudo. Parte meu coração, é devastador", disse a namorada dele, Sharmaiynne Buduan, de 20 anos, olhando para o porta-malas do carro com seus únicos pertences: artigos de higiene, cobertores e travesseiros doados, e um ukulele. (ANSA).