(ANSA) - O ministro de Energia e Minas do Equador, Fernando Santos, sinalizou que o governo pode não seguir o resultado do referendo em que a população rejeitou a exploração petrolífera do Bloco 43, na região amazônica do país.
O comandante da pasta alegou "razões constitucionais" para indicar a continuidade dos trabalhos no poço, que fica no Parque Nacional Yasunì.
Isso porque, embora o "Sim" para encerrar as atividades tenha vencido nacionalmente com 58,97% dos votos, na província amazônica de Orellana, onde fica o Bloco 43, o "Não" venceu com 57,99%.
Diante do cenário, o governo conservador de Guillermo Lasso pretende invocar o artigo 57 da Constituição para argumentar que "os que devem decidir se iniciar ou encerrar uma operação de exploração de recursos naturais são os habitantes do território".
"Queremos que o país esteja consciente desse problema constitucional. São os únicos que podem dizer sim ou não segundo a Constituição. Deverá ser essa Corte [constitucional] a decidir. E é impossível desfazer as estruturas em um ano", disse Santos. (ANSA).