(ANSA) - O fenômeno da "acqua alta" bateu um novo recorde para o verão em Veneza na última segunda-feira (28), com uma cheia de 120 centímetros.
Esse número é o maior já registrado nesta época do ano e só não provocou maiores estragos na cidade devido ao sistema Mose, rede de barreiras móveis situadas nos três acessos da Lagoa de Veneza ao Mar Adriático.
Graças às comportas, a maré no centro histórico chegou a apenas 90 centímetros, índice suficiente para alagar somente 2% da superfície da zona, incluindo a sempre concorrida Praça San Marco.
"Ontem de noite alcançamos outro recorde da maré, após os 102 centímetros de 6 de agosto passado, valor nunca antes registrado no coração do verão", disse à ANSA o responsável pelo Centro de Marés da Prefeitura, Alvise Papa.
"Os instrumentos mediram 112 centímetros, com pico de 120 centímetros nos acessos de Lido e Malamocco", acrescentou.
Segundo Papa, "eventos como esses que estamos vivendo nos últimos anos serão cada vez mais frequentes e se apresentarão em períodos do ano impensáveis até pouco tempo atrás". "Isso é fruto do aumento do nível médio do mar", concluiu.
O fenômeno da "acqua alta", quando as águas do Mar Adriático invadem a Lagoa de Veneza, é mais comum entre o fim do outono e o início do inverno na Europa, e sua ocorrência em pleno verão era rara.
De acordo com projetistas do Mose, uma elevação marítima em função do efeito estufa de 60 centímetros fará com que as comportas tenham de ser acionadas de forma quase ininterrupta, isolando Veneza do Adriático. (ANSA)
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