(ANSA) - O Tribunal Administrativo Regional do Trento, no norte da Itália, suspendeu nesta segunda-feira (11) a ordem do governador da província que determinava que a ursa F36 fosse abatida.
Em decisão monocrática, a corte acolheu um recurso dos advogados de uma associação de direitos dos animais.
O magistrado também determinou que o animal seja capturado e colocado sob custódia no centro de vida selvagem de Casteller, na mesma região.
"A única cautela razoavelmente praticável pelo Estado é a de consentir a captura de F36 sem abatê-la, mas mantendo-a na estrutura do Casteller", diz a decisão.
Após a divulgação, o presidente da ONG que entrou com a ação declarou: "Esperamos, acima de tudo, que a ursa e seu filhote estejam ainda vivos.
Pedimos preventivamente que não seja presa no Casteller, que notoriamente é um verdadeiro regime carcerário que aniquila os ursos".
F36 tem seis anos de idade e é rastreada.
Em 30 de julho passado, segundo relatos, se deparou com dois jovens excursionistas em uma área florestal.
Um deles conseguiu fugir imediatamente, e o outro tentou escalar uma árvore, foi derrubado pela ursa e depois fugiu, não tendo sido seguido.
Poucos dias depois, em 6 de agosto, a ursa encontrou um casal e teria se comportado "de maneira intimidadora", mas sem contato físico.
Na última sexta-feira (8), com base em um relatório da Guarda Florestal que considerava "possível, concreto e latente o risco de outra agressão", o governador Maurizio Fugatti decretou a morte do animal.
Decisões do mesmo mandatário para abater outros ursos já haviam sido determinadas e depois suspensas. (ANSA).