(ANSA) - As inundações provocadas pela tempestade Daniel na Líbia oriental deixaram pelo menos 2,3 mil mortos.
O balanço foi fornecido nesta terça-feira (12) à agência AFP por Oussama Ali, porta-voz dos Serviços de Emergência do governo de união nacional reconhecido pela ONU e baseado na capital Trípoli.
O órgão enviou uma equipe para Derna, uma das cidades mais afetadas pelas enchentes. Segundo Ali, a tragédia já contabiliza "mais de 2,3 mil mortos" e 7 mil feridos, enquanto mais de 5 mil pessoas estão desaparecidas.
No entanto, a imprensa local afirma que o número de falecidos pode passar de 10 mil apenas em Derna, importante cidade da porção oriental da Líbia, que é comandada por um governo paralelo sediado em Sirte.
O país africano vive fragmentado desde a queda do ditador Muammar Kadafi, em 2011, e é palco de disputas entre milícias que se dividem entre os dois governos. Inúmeras tentativas de mediação ainda não conseguiram chegar a um consenso para realizar eleições gerais e reunificar a Líbia plenamente.
Apoio internacional
O papa Francisco lamentou nesta terça-feira a "imensa perda de vidas" provocada pelas inundações na Líbia, em um telegrama enviado em nome do pontífice pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, ao núncio apostólico no país africano, Savio Hon Tai-Fai.
"O papa Francisco ficou profundamente triste ao saber da imensa perda de vidas e da destruição causadas pelas inundações na parte oriental da Líbia e envia a garantia de suas orações pelas almas dos mortos e por todos aqueles que choram sua perda", diz o texto.
O líder católico também "expressa de coração a proximidade espiritual aos feridos, àqueles que temem por seus entes queridos e às equipes de resgate". "O Papa invoca sobre todos os afetados por essa tragédia as bênçãos divinas da consolação, força e perseverança", conclui o telegrama.
Já a Itália, país que tem laços profundos com a Líbia, enviou uma equipe avançada da Defesa Civil, e a premiê Giorgia Meloni expressou "proximidade e solidariedade aos familiares das vítimas e ao povo líbio".
Por sua vez, o presidente italiano, Sergio Mattarella, declarou que as enchentes "provocam profunda tristeza", enquanto o chefe do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que as imagens das inundações são "angustiantes". "A UE está pronta para ajudar os afetados por essa calamidade", acrescentou. (ANSA)
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