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UE confirma tarifas de até 38% contra carros elétricos chineses

Sobretaxas provisórias atingem Saic, Geely e BYD

Carros da chinesa BYD no Porto de Suzhou

Redazione Ansa

O poder Executivo da União Europeia confirmou nesta quinta-feira (4) a instituição de sobretaxas alfandegárias provisórias contra três fabricantes chineses de carros elétricos, em mais um capítulo da batalha comercial com a segunda maior economia do mundo.
    Segundo a Comissão Europeia, as três montadoras atingidas são a Saic, com uma tarifa de 37,6%, a Geely, com 19,9%, e a BYD, que também vem ganhando espaço no Brasil, com 17,4%.
    Outros fabricantes na China que cooperarem com a UE estarão sujeitos a uma alíquota de 20,8%, enquanto aqueles que não colaborarem terão de arcar com uma tarifa de 37,6%.
    As sobretaxas entram em vigor nesta sexta (5), mas ainda de forma provisória, e precisarão ser confirmadas pelos Estados-membros da UE antes do início de novembro. Se forem mantidas, terão duração de cinco anos.
    Enquanto isso, a Comissão Europeia disse ter iniciado conversas com o governo chinês para encontrar uma "solução concordada".
    Segundo comunicado do Executivo da UE, "toda a cadeia de veículos elétricos a bateria se beneficia pesadamente de subsídios injustos na China", e o "fluxo de importações chinesas subvencionadas a preços artificialmente baixos representa uma ameaça" para a indústria do bloco.
    Bruxelas estima que a cota de mercado de montadoras europeias no setor passou de 68,9% em 2020 para 59,9% em setembro de 2023, enquanto a fatia da China subiu de 3,9% para 25%. De acordo com a Comissão Europeia, a crescente presença de carros elétricos chineses pode provocar a perda de 2,5 milhões de postos de trabalho diretos no bloco e 10,3 milhões indiretos.
    A Tesla, montadora americana que fabrica na China, também poderá ser sobretaxada quando a medida se tornar definitiva.
    O governo chinês, por sua vez, chamou a taxação de "protecionismo" e disse esperar que a UE mostre "sinceridade" nas negociações. "Ainda temos uma janela de quatro meses antes que seja tomada uma decisão definitiva", acrescentou o porta-voz do Ministério do Comércio de Pequim, He Yadong. (ANSA)

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