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Começa julgamento contra BHP em Londres por desastre de Mariana

Rompimento de barragem deixou 19 pessoas mortas em 2015

Protesto contra BHP diante da Alta Corte de Londres

Redazione Ansa

(ANSA) - Começou nesta segunda-feira (21) o julgamento na Alta Corte de br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/09/04/relatorio-aponta-causas-de-incendio-em-londres-que-matou-72_0d329f7f-f37f-4d23-ad4b-764cb5c6bf8c.html" target="_blank" rel="noopener">Londres, no Reino Unido, contra a mineradora anglo-australiana BHP pelo rompimento da barragem de Mariana (MG), que matou 19 pessoas em novembro de 2015 e provocou um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil.
    A ação movida por 620 mil pessoas, 46 municípios, mais de 2 mil empresas e 65 instituições religiosas afetadas pela tragédia pede uma indenização de 36 bilhões de libras esterlinas, o equivalente hoje a cerca de R$ 267 bilhões, cifra recorde para ressarcimentos em função de desastres ambientais.
    A BHP, maior mineradora do mundo em valor de mercado, se opõe ao processo com o argumento de que ele "duplica e prejudica esforços em andamento no Brasil". A empresa detém 50% da Samarco, que administrava a barragem de Fundão em Mariana - a outra metade pertence à brasileira Vale.
    Estima-se que mais de 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos da mineração de ferro e lama tenham sido lançados no Rio Doce após a queda da barragem, contaminando a bacia hidrográfica da região e varrendo do mapa vilarejos inteiros.
    Os autores da ação acusam a BHP de negligência, uma vez que a empresa estaria ciente dos riscos de rompimento do reservatório e não teria agido para impedir a tragédia.
    O julgamento em Londres não deve ser encerrado antes de março. (ANSA).
   

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