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Sem acordo, COP29 estende negociações em Baku

Conferência não teve um consenso sobre financiamento climático

Divisão entre países ricos e Estados em desenvolvimento é a principal causa do impasse em Baku

Redazione Ansa

(ANSA) - Ainda sem alcançar um acordo sobre o financiamento climático, as negociações que ocorrem na br/brasil/noticias/agenda_verde/2024/11/22/novo-rascunho-da-cop29-fala-em-fundo-de-us$-13-trilhao-por-ano_f2268f76-ce2b-4ebc-9440-9340281cdc4d.html" target="_blank" rel="noopener">29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), em Baku, se estenderam além do prazo previsto.
    A assembleia plenária da cúpula no Azerbaijão, que estava marcada para acontecer ainda hoje (22), foi adiada para o próximo sábado (23).
    A divisão entre os países ricos, que estão hesitantes em se comprometer com o financiamento, e os Estados em desenvolvimento, que solicitam mais auxílio, é a principal causa do impasse na conferência.
    De todas as formas, as negociações continuarão em curso ao longo da noite em Baku após o dia ser marcado pelo novo rascunho do documento final da COP29, que prevê um fundo de pelo menos US$ 1,3 trilhão (R$ 7,5 trilhões) por ano até 2035 para ajudar países em desenvolvimento contra a crise climática.
    No entanto, o esboço estabelece que a contribuição das nações ricas será de até US$ 250 bilhões (R$ 1,4 trilhão) anuais, cifra aquém do desejado pelo mundo emergente.
    A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, apontou que o esboço oferece uma "boa base de discussão", pois "permite encontrar um equilíbrio". Contudo, a política mencionou que o valor apresentado "não é suficiente para os países em desenvolvimento".
    "O grupo de estudo da COP disse que serão necessários US$ 300 bilhões por ano até 2030 e US$ 390 até 2035. Já sobre o artigo 6 [do Acordo de Paris sobre o mercado de carbono] ainda não temos um texto satisfatório, mas não podemos sair de Baku sem uma decisão", disse Silva em uma entrevista coletiva.
    A ambientalista de 66 anos acrescentou a COP29 "não abordou as questões dos direitos humanos e das mulheres", mas garantiu que esses temas serão debatidos durante a COP30, em Belém.
    (ANSA).
   

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