Economia

Itália e mais 14 países pedem teto ao preço do gás na UE

UE estuda formas de conter preço do gás natural

Redazione Ansa

(ANSA) - Um grupo de 15 países da União Europeia, incluindo Itália e Espanha, enviou nesta terça-feira (27) uma carta a Bruxelas reforçando o pedido por um teto ao preço do gás natural no bloco.

O documento visualizado pela ANSA também é assinado pelos ministros de Energia de Bélgica, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Grécia, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia, Portugal e Romênia e diz que limitar o preço da commodity é a "única forma de ajudar os países a mitigar a pressão inflacionária". Horas depois, França e Bulgária também informaram que assinaram o documento.

Além disso, os signatários defendem que essa medida é uma maneira de limitar os crescentes lucros das empresas do setor e estabelecer barreiras para o caso de potenciais interrupções no fornecimento por parte da Rússia, maior exportador de gás no mundo.

"O teto deve ser aplicado a todas as transações", afirmam os países, "e não deve ser limitado a importações de jurisdições específicas". "Esse limite é a prioridade e pode ser integrado a propostas para reforçar o controle financeiro sobre o mercado de gás", diz a carta.

Os países ainda convidam a Comissão Europeia a apresentar uma proposta informal para ser discutida na próxima sexta-feira (30). No início de setembro, a presidente do Executivo da UE, Ursula von der Leyen, sugeriu limitar apenas o preço do gás russo.

A instituição de um teto ao valor do gás natural é uma bandeira da Itália e vem ganhando cada vez mais apoio no bloco, porém ainda está longe de ser um consenso - a carta desta terça não conta com a assinatura da Alemanha.

A Rússia, por sua vez, já ameaçou interromper a exportação de gás para países que aderirem a um eventual teto. (ANSA) 

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