Economia

Itália é contra proposta da UE para teto no preço do gás

Plano de Bruxelas é considerado pouco efetivo por vários países

Estação de gasoduto perto de Varsóvia, na Polônia

Redazione Ansa

(ANSA) - O ministro do Meio Ambiente da Itália, Gilberto Pichetto, afirmou nesta quinta-feira (24) que os países da União Europeia que haviam cobrado a instituição de um teto no preço do gás natural são contra a proposta apresentada nesta semana pelo poder Executivo do bloco.

"Fizemos uma reunião entre os países críticos, que concordam em não aderir", disse Pichetto após uma reunião de 15 Estados-membros em Bruxelas. O tema ainda será discutido em um encontro ministerial envolvendo todos os 27 países da UE, também nesta quinta.

A proposta da Comissão Europeia prevê que o teto seja ativado quando o preço do gás na bolsa de Amsterdã superar os 275 euros/MWh (megawatt-hora) por duas semanas consecutivas e quando a diferença em relação a uma série de referências globais do gás natural liquefeito ultrapassar os 58 euros durante 10 dias.

Além disso, o Executivo da UE ainda precisaria pedir pareceres do Banco Central Europeu (BCE), da Autoridade Europeia de Mercados de Valores Mobiliários (Esma) e do Comitê Europeu de Riscos Sistêmicos sobre o impacto nos estoques e na estabilidade financeira.

Caso houver um risco de desabastecimento de gás, o teto seria suspenso imediatamente. O objetivo do plano é combater os efeitos da invasão da Rússia à Ucrânia e evitar uma nova disparada dos preços do gás durante o inverno europeu, que vai de dezembro a março.

No entanto, os próprios países que haviam pedido a instituição de um teto consideram a proposta de Bruxelas pouco ambiciosa e insuficiente para frear a especulação nos mercados de energia. Atualmente, o preço do gás em Amsterdã gira em torno de 125/MWh, menos da metade do limite sugerido pela Comissão Europeia. (ANSA)
   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it