(ANSA) - A Argentina e o Brasil assinarão um novo acordo de integração energética para levar gás natural da bacia patagônica de Vaca Muerta até o Rio Grande do Sul.
O compromisso prevê que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) financiará o segundo trecho do gasoduto para conectar a Patagônia e o Brasil.
"Compartilhamos um dia de trabalho com o ministro [da Economia] Sergio Massa, no qual analisamos o início do ano econômico e o acordo de integração econômica e energética com o Brasil, que assinaremos em 23 de janeiro, durante a visita de Lula", disse o presidente argentino, Alberto Fernández, no Twitter.
Essa será a primeira visita internacional do petista após sua posse, viagem em que ele também participará da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
A assinatura do acordo energético deve ter um impacto direto em toda a cadeia produtiva na bacia de Vaca Muerta, onde estão presentes várias empresas italianas radicadas na Argentina.
Uma delas é a holding ítalo-argentina Techint, que, através da sucursal Tenaris, vai fornecer tubos para o primeiro trecho do gasoduto, de 500 quilômetros (de Vaca Muerta até a região de Santa Fé), e pode ambicionar um contrato para o segundo ramo da linha.
Através da sucursal Tecpetrol, a Techint também já é um dos principais operadores no setor de extração, tendo retirado no inverno passado cerca de 20 milhões de metros cúbicos por dia da área conhecida como "Fortín de Piedra", com o objetivo de chegar a 23 milhões de metros cúbicos no próximo inverno.
Outra empresa de destaque na região é a Pan American Energy, holding de Alejandro Bulgheroni que, através de um acordo com a Câmara de Comércio Italiana na Argentina, promove sinergias entre pequenas e médias companhias do país europeu e argentinas do setor. (ANSA)
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