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Ondas de calor também afetam vida no fundo do mar

Elas podem ser ainda mais intensas do que as da superfície

Ondas de calor são até mais intensas do que nas áreas de superfície (Foto: NOAA Fisheries)

Redazione Ansa

(ANSA) - As ondas de calor marinho também atingem o fundo do mar e podem ter durações maiores e mais intensas do que aquelas registradas na superfície, mostrou um estudo realizado pela Agência para Estudos dos Oceanos e da Atmosfera dos Estados Unidos (Noaa) e que contou com a participação da oceanógrafa física italiana Antonietta Capotondi.

A pesquisa foi realizada analisando a plataforma norte-americana em toda a sua extensão, em um local que representa um hábitat crucial para diversas espécies animais, como merluzas e lagostas, com dados produzidos entre 1993 e 2019. Com isso, foram feitas simulações em profundidades de até oito quilômetros.

"Os pesquisadores estudam as ondas de calor marinho na superfície há mais de uma década. Mas, essa é a primeira vez que pudemos entrar verdadeiramente nas áreas mais profundas e analisar como esses eventos extremos desenvolvem-se ao longo do fundo marinho", destacou o líder do estudo, Dillon Amaya.

Os resultados indicaram que as ondas de calor marinho nesses locais tendem a persistir mais tempo, até por meses, e são mais intensas do que na parte superficial da mesma área, com aumentos de temperaturas entre 0,3°C e 0,5°C.

Além disso, foi percebido que esse fenômeno é sincronizado em regiões em que as águas são menos profundas e há mais "mistura" entre a parte superficial e a profunda. Já no caso de pontos mais fundos, a onda de calor pode acontecer mesmo sem sinais evidentes na superfície. (ANSA).
   

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