(ANSA) - A Itália estará presente na missão Ema, liderada pelos Emirados Árabes Unidos (EAU), que partirá no dia 3 de março de 2028 para "caçar" asteroides primordiais no Espaço. A ideia é estudar melhor as origens e a evolução desses objetos, abrindo a estrada também para a extração de recursos úteis.
Os italianos produziram o instrumento Mist-A, que ficará na sonda principal, em uma parceria da Agência Espacial Italiana (ASI) e do Instituto Nacional de Astrofísica (Inaf), que liderará o time científico do país europeu, com o apoio de várias empresas.
O Mist-A focará no estudo da composição da superfície e das propriedades físicas dos asteroides, mapeando-os por comprimento das ondas infravermelhas. O dispositivo compartilha o design e alguns componentes já usados pela ASI que estão a bordo da Juno, a sonda da Nasa que está na órbita de Júpiter.
"Essa missão representa uma grande oportunidade para o nosso país, sendo a primeira colaboração com os Emirados Árabes Unidos no campo de exploração do Sistema Solar", disse o responsável da ASI para atividades industriais ligadas ao desenvolvimento do Mist-A, Giuseppe Sindoni.
A previsão da missão Ema é que serão observados seis asteroides durante a viagem de seis anos até chegar ao asteroide (269)Justitia, ao redor do qual a sonda orbitará sete meses.
"(269)Justitia é particularmente intrigante porque mostra propriedades incomuns, que levam a supor que ele pode ter sido formado nas regiões mais externas do Sistema Solar e, sucessivamente, transferido para a faixa de asteroides entre Marte e Júpiter. Com esses parâmetros, podemos ter muitas surpresas", explica o pesquisador do Inaf e responsável pelo Mist-A, Gianrico Filacchione. (ANSA).
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