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Itália apresenta candidatura para Telescópio Einstein amanhã

Projeto prevê megaobservatório europeu de ondas gravitacionais

Giorgio Parisi coordena o projeto italiano para sediar o Telescópio Einstein

Redazione Ansa

(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, apresenta nesta terça-feira (6), em Roma, a candidatura oficial do país para sediar o Telescópio Einstein, futuro megaobservatório europeu de ondas gravitacionais.

A cerimônia está prevista para 16h (horário local), na sede do Instituto Nacional de Astrofísica (Inaf), após uma missão da premiê na Tunísia.

O plano da Itália é construir o observatório em uma mina desativada na pequena cidade de Lula, na Sardenha, em um projeto coordenado por Giorgio Parisi, vencedor do Nobel de Física em 2021.

A Itália já conta com um observatório de ondas gravitacionais, o Virgo, situado em Pisa, mas o Telescópio Einstein terá uma sensibilidade muito maior que os instrumentos atuais, embora sua inauguração esteja prevista para somente daqui a uma década.

Até o momento, Lula, município de 1,3 mil habitantes, concorre apenas contra Meuse-Rhin, na tríplice fronteira entre Alemanha, Bélgica e Países Baixos. A decisão final da União Europeia é aguardada para 2024.

Previstas na Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein, as ondas gravitacionais são ondulações no tecido do espaço-tempo provocadas por eventos cósmicos violentos envolvendo corpos superdensos, como buracos negros e estrelas de nêutrons.

Sua existência foi comprovada em 2015, com a detecção pelo observatório Ligo, nos Estados Unidos, de ondas provocadas pela fusão entre dois buracos negros.

Geralmente, esses observatórios consistem em detectores no formato de L e utilizam lasers para medir dilatações infinitesimais no espaço-tempo, de modo que precisam ser construídos em lugares altamente estáveis e com pouca interferência humana. (ANSA)

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