(ANSA) - A mineração de bitcoins em nível global consome em um ano mais da metade da energia elétrica usada em um país como a Itália, uma das maiores economias do mundo, e a água necessária para 300 milhões de camponeses da África Subsaariana.
É o que aponta um estudo realizado pelo cientista Kaveh Madani, da Universidade das Nações Unidas, e publicado na revista Earth's Future para estimar os impactos no meio ambiente dos processos necessários para manter ativa a rede da criptomoeda mais usada no planeta.
O bitcoin se apoia em um mecanismo conhecido como mineração, que trata-se de operações realizadas por computadores cada vez mais poderosos para validar as transações e permitir o constante crescimento da rede.
No entanto, as máquinas usadas nesse processo consomem, segundo o estudo, 173,42 terawatts de eletricidade por ano, mais da metade do número registrado na Itália (295 terawatts), oitava economia do mundo.
Se fosse um país, o bitcoin estaria em 27º lugar na lista de maiores consumidores de energia, acima do Paquistão, que abriga 230 milhões de pessoas.
A pegada ambiental da criptomoeda equivale a 190 centrais elétricas a gás e precisaria do plantio de 3,9 bilhões de árvores, 7% da Floresta Amazônica, para ser compensada.
A pesquisa aponta ainda que quase metade da energia usada na mineração de bitcoin é proveniente do carvão (45%), seguido pelo gás natural (21%). A maior parte dessa atividade se concentra na China. (ANSA)
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