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Primeiras imagens do telescópio Euclid mostram Universo em detalhes inéditos

Fotos foram divulgadas nesta terça-feira pela ESA

Redazione Ansa

(ANSA) - A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou nesta terça-feira (7) as primeiras cinco imagens científicas produzidas pelo telescópio Euclid, enviado a 1,5 milhão de quilômetros da Terra para investigar os mistérios da matéria e da energia escuras, que ocupam 95% do Universo.

A primeira imagem mostra cerca de mil galáxias do Aglomerado de Perseu, além de outras 100 mil no plano de fundo, cada uma delas contendo centenas de bilhões de estrelas.

Muitas dessas galáxias nunca tinham sido observadas antes e são tão jovens que sua luz demorou 10 bilhões de anos para chegar ao Euclid, segundo a ESA.

Outra foto exibe a galáxia espiral IC 342, também conhecida como "galáxia escondida" por estar encoberta por nuvens de poeira, vista com detalhes inéditos graças à capacidade de observação em infravermelho do Euclid.

O telescópio também fotografou a NGC 6822, uma galáxia anã cujo formato irregular e pequeno revela sua natureza primitiva, e o aglomerado estelar globular (com formato esférico) NGC 6397, que contém centenas de milhares de estrelas unidas pela gravidade.

A quinta imagem mostra o interior da Nebulosa Cabeça de Cavalo, um berçário de estrelas onde os cientistas também esperam encontrar planetas com massas equivalentes à de Júpiter em seu estágio inicial de formação.

Assim como seu "irmão" maior James Webb, o Euclid observa em infravermelho, o que lhe permite enxergar através de nuvens de poeira e gás, revelando detalhes até então inéditos do interior de nebulosas.

No entanto, embora seja menor, menos sensível e com menor alcance, o Euclid tem um campo de visão maior que o do James Webb, o que lhe possibilita fotografar porções maiores do céu de uma só vez, além de também operar em luz visível. Ele é, por exemplo, o único telescópio que pode capturar um aglomerado estelar globular inteiro em somente uma observação.

Enquanto o James Webb se concentra no estudo do interior de nebulosas e do Universo primitivo, podendo visualizar galáxias formadas poucas centenas de milhões de anos após o Big Bang, o Euclid mira sobretudo a energia e a matéria escuras, principais componentes do cosmos, mas ainda pouco compreendidas.

Acredita-se que a matéria escura seja responsável pela expansão acelerada do Universo, enquanto a matéria escura tem propriedades gravitacionais, mas não interage com a luz, o que impossibilita sua observação direta.

O Euclid deve começar a coletar dados de forma sistemática a partir de janeiro de 2024 e foi projetado para funcionar por seis anos. A missão envolve 20 países europeus, além dos Estados Unidos, e 300 institutos de pesquisa. (ANSA)

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