Uma pane informática global provocou paralisação de voos e aeroportos e problemas em serviços bancários e de comunicação em diversos países do mundo nesta sexta-feira (19).
O problema começou na empresa de segurança digital CrowdStrike e afeta sobretudo usuários de sistemas da Microsoft, que disse ter adotado "ações de mitigação" para tentar minimizar os transtornos.
Em nota, a multinacional fundada por Bill Gates disse que os usuários "podem não conseguir acessar aplicativos e serviços" da família de softwares Microsoft 365, mas apontou que os sistemas já apresentam "melhoras".
Por sua vez, a CrowdStrike garantiu que a falha na origem do problema já foi "identificada e isolada" e que "uma correção foi distribuída".
Em mensagem no X, o CEO da empresa, George Kurtz, explicou que o defeito foi detectado "em uma atualização para servidores Windows". "Servidores Mac e Linux não foram impactados. Isso não é um incidente de segurança ou um ataque cibernético", afirmou o executivo.
"Indicamos aos clientes o portal de suporte para obter as atualizações mais recentes e continuaremos a fornecer atualizações completas e contínuas em nosso site. Nossa equipe está totalmente mobilizada para garantir a segurança e estabilidade dos clientes", acrescentou. Segundo a CrowdStrike, a pane ocorreu devido a uma falha de atualização no software Falcon.
Em função do apagão cibernético, o Aeroporto Internacional de Berlim, na Alemanha, suspendeu as operações de pouso e decolagem, enquanto as companhias aéreas American Airlines, Delta e United, dos Estados Unidos, colocaram todos os seus aviões no chão - a primeira já retomou as operações.
Outras empresas de aviação civil, como Air France, ITA Airways, Ryanair e Turkish Airlines, também registraram problemas devido ao blecaute informático, que ainda atingiu os aeroportos de Amsterdã-Schiphol e Eindhoven, na Holanda.
Também há relatos de transtornos em serviços aéreos e ferroviários em países como Austrália, Espanha, Índia, Malásia e Reino Unido, além de Hong Kong. (ANSA)
O apagão cibernético global não afeta os aeroportos do Brasil, garantiu nesta sexta-feira o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos).
"Recebemos a notícia de que companhias aéreas ao redor do mundo estão sendo afetadas em suas operações devido a um apagão cibernético. Até o presente momento, não tivemos impacto nas operações dos aeroportos brasileiros", escreveu o ministro nas redes sociais.
"Vamos continuar monitorando ao lado da Anac para que o nosso transporte aéreo não tenha prejuízos", acrescentou Costa Filho.
No entanto, a companhia aérea Azul teve pelo menos cinco voos domésticos afetados em Belo Horizonte e disse que a "intermitência no sistema global de reservas" pode causar atrasos.
Além disso, os bancos Bradesco, Neon, Next e Pan também relataram "indisponibilidade" em canais digitais e aplicativos devido ao apagão cibernético.
O FTSE MIB, principal índice da Bolsa de Valores de Milão, apresentou problemas em sua atualização em tempo real devido ao apagão cibernético.
Segundo a Borsa Italiana, o indicador ficou várias horas congelado em uma queda de 0,70% devido a um "problema técnico de terceiros". No entanto, a instituição garantiu que as negociações de títulos ocorreram normalmente.
O mesmo atraso ocorre na atualização do índice FTSE 100, da Bolsa de Londres.
O diretor-geral da Agência italiana de Segurança Cibernética, Bruno Frattasi, afirmou que serão necessárias 24 horas para o retorno à normalidade após o apagão informático que provocou transtornos no mundo inteiro.
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