(ANSA) - A empresa israelense Paragon Solutions, cujo software de br/brasil/flash/internacional/2024/10/02/novo-ataque-hacker-atinge-sites-do-governo-da-italia_1b9e32a4-1db8-41ba-a927-db0a093096ae.html" target="_blank" rel="noopener">hacking militar foi supostamente usado para espionar recentemente 90 jornalistas e ativistas em cerca de 20 países diferentes, teria deixado a Itália.
Citando uma fonte familiarizada com o tema, o jornal Guardian apontou que a decisão foi tomada pouco tempo depois de o WhatsApp anunciar que um spyware estava sendo usado para atingir pessoas na Itália, entre elas o diretor do site Fanpage, Francesco Cancellato, e o fundador da ONG Mediterranea Saving Humans, Luca Casarini.
O governo italiano confirmou que sete cidadãos foram vítimas de um ataque de hackers usando o programa, mas negou qualquer envolvimento no episódio e descartou a participação dos serviços de inteligência de Roma.
A Paragon Solutions vende seu software para clientes governamentais que supostamente o usam para prevenir atividades criminosas, segundo o Guardian, acrescentando que não há muitas informações sobre quem eram os clientes específicos do governo por trás dos supostos ataques.
A fonte ouvida pelo periódico britânico disse que a decisão de rescindir o vínculo foi tomada após a empresa determinar que o país havia violado os termos de serviço e a estrutura ética acordada no contrato.
O jornal Haaretz, por sua vez, revelou que a Paragon possui "vários clientes na Europa, particularmente na União Europeia, incluindo a Itália, onde trabalha com duas entidades diferentes, uma agência de segurança pública e uma organização de inteligência".
"Interceptar jornalistas por meio de um spyware não é apenas inaceitável e contrário ao princípio da liberdade de imprensa, mas também é proibido por lei. A liberdade de informação é um direito constitucional e deve ser defendida em todos os seus aspectos", disse o Comitê Executivo do Conselho Nacional da Ordem dos Jornalistas.
A Paragon Solution produz um spyware de última geração chamado Graphite, que é capaz de se infiltrar em dispositivos criptografados sem nem mesmo um clique da vítima. (ANSA).
Após espionagem, empresa israelense deixa Itália, diz mídia
Paragon produz spyware que foi usado para espionar jornalistas