Cultura

Casa 'erótica' de Pompeia será reaberta após anos de restauro

Redazione Ansa

(ANSA) - Fechada ao público por anos devido a complexas restaurações, a "Casa dos Vettii", na antiga cidade romana de Pompeia, no sul da Itália, e célebre por seus afrescos eróticos, será reaberta no próximo dia 22 de novembro.

A cerimônia de inauguração contará com a presença do novo ministro da Cultura da Itália, Gennaro Sangiuliano, que será acompanhado pelo diretor do parque arqueológico, Gabriel Zuchtriegel, e diretor-geral de Museus do Ministério, Massimo Osanna.

A residência era o lar de dois irmãos comerciantes de vinho bem-sucedidos, Aulus e Conviva Vettius Restitutus, até uma erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C. devastar a cidade.

Situada na zona mais rica da cidade, em frente a outra famosa casa, a dos "Cupidos de Ouro", a Casa dos Vettii, que existia desde o século II a.C, foi restaurada pelos irmãos na ocasião e ganhou um jardim com abundantes estátuas, fontes e jogos de água.

Em todas as divisões da casa existiam requintadas pinturas que revestiam as paredes até ao teto, executadas com o ecletismo e imponência do chamado "quarto estilo", aquele que esteve em vigor na época.

A domus- como eram chamadas as casas da época - dos Vettii era uma das mais ricas e famosas de Pompeia e é "protegida" por Priapo, o deus grego da fertilidade, cuja figura é retratada à direita da porta de entrada.

Nas várias salas ao redor do primeiro átrio, também existem cenas mitológicas e até eróticas, acompanhadas de vários de detalhes, entre elas uma espécie de festa com cupidos empenhados na preparação de um banquete.

Em uma primeira restauração, em meados de 2017, a imagem do filho de Dionísio e Afrodite teve suas cores amarelo e marrom revitalizadas. Além disso, dois cofres que se encontravam no átrio, talvez para representar a riqueza dos proprietários impressionará os visitantes.

Em obras de 1995 em decorrência de um problema criado nos anos 1950, a casa "erótica" foi parcialmente reaberta em 2016, após ficar fechada por 12 anos. No entanto, em 2019, foi lacrado para novas restaurações, incluindo pinturas e a remoção da pátina [composto químico que se forma na superfície de um metal] criada nas revitalizações anteriores. (ANSA).
   

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