Cultura

Bienal de Arte de Veneza termina com público recorde

Evento reuniu mais de 800 mil pessoas em quase 200 dias

Obra do artista Jonathan de Andrade no pavilhão do Brasil na Bienal de Arte de Veneza

Redazione Ansa

(ANSA) - A 59ª Bienal de Arte de Veneza terminará neste domingo (27) com público recorde.

Iniciado em 23 de abril, o evento vendeu mais de 800 mil ingressos, aos quais se juntam os 22.498 espectadores que visitaram a exposição na pré-abertura.

Isso significa um aumento de 35% em relação ao público da edição de 2019, a última antes da pandemia de Covid-19, e o maior dos 127 anos de história da mostra. A bienal de 2022, no entanto, teve 24 dias a mais que a de três anos atrás (197 contra 173).

De acordo com os organizadores, 59% dos visitantes eram do exterior, e 41%, da Itália, enquanto os jovens e estudantes responderam por 30% do público total.

"Isso demonstra que a arte tem o poder de criar participação e que, após tantos meses de isolamento, queremos celebrar e ver a arte pessoalmente", comentou a curadora da bienal em 2022, Cecilia Alemani.

"Em tempos como estes, a arte e os artistas podem nos ajudar a imaginar novas modalidades de coexistência e infinitas possibilidades de transformação", acrescentou.

A exposição teve como tema a frase "O leite dos sonhos" e reuniu mais de 1,4 mil obras de 213 artistas de 58 países. O objetivo da bienal foi questionar as transformações humanas à luz das últimas grandes crises mundiais, como a pandemia.

O evento também teve um espaço dedicado exclusivamente a artistas da Ucrânia, país que luta contra uma invasão promovida pela Rússia desde fevereiro.

Outro fato inédito foi a entrega do Leão de Ouro para duas artistas negras: a britânica Sonia Boyce, laureada em nome do Reino Unido como melhor participação nacional, e a americana Simone Leigh, que ganhou como melhor participação na mostra principal. (ANSA)

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